Se o desinteresse é uma virtude, a prodigalidade irrefletida é sempre, pelo menos, uma falta de juízo. 

– Perfeição Moral

Neste século em que tudo envolve grandes interesses e quase nenhuma proposta fraterna, considerando o egoísmo do homem ainda predominando em seu viver, não devemos nos admirar em relação a este tema.

As virtudes ainda não predominam no coração e mente dos homens, apesar de o conhecimento que muitos já possuem da necessidade de apreendê-las, obrigam-nos a praticá-las em seu cotidiano. O desapego e o desinteresse dos bens materiais ainda não estão bem presentes nos corações humanos, pois se vive em um planeta onde o amor é apenas um aprendizado, iniciando-se ao fluir das emoções, no íntimo de cada um.

O desinteresse é uma virtude sim, quando não pode prejudicar ou mesmo frustrar a vida de irmãos que convivem sob o mesmo teto ou ambiente de trabalho.

A virtude está nas pequeninas obras realizadas e exemplificadas sem ostentação, não se antepondo como demonstração de fé, sabedoria, conhecimento e poder, assim como a vivência de algo simples e espontâneo é a virtude conquistada, que faz o homem valorizar pequenas alegrias junto aos corações fraternos.

A prodigalidade é exatamente o seu oposto, quando, em se realizando algo, apoia-se em exageros, nem sempre felizes. Quando é feita irrefletidamente, sem sequer medir as consequências, transforma-se em situação perigosa. A vontade para se fazer notar, seja por familiares ou grupos de seu relacionamento, só poderá lhe trazer consequências nefastas.

Todo cuidado em manter o equilíbrio mental e emocional deve merecer a atenção e preocupação dos homens cujo exemplo de vida poderá desenvolver virtudes, ao seguir o modelo de perfeição — Jesus — sem submeter-se a uma vida de exageros.

Impensadamente, agindo prodigamente, demonstra falta de juízo no manuseio e aplicação de seus bens, os quais, futuramente, poderão lhe faltar.

Uma grande virtude é justamente viver, bem viver e conviver junto à sociedade, com amor, simplicidade e humildade em relação a tudo e a todos.

Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 64