“É imprescindível vigiar a boca, porque o verbo cria, insinua, inclina, modifica,
renova ou destrói, por dilação viva de nossa personalidade.”
A boca foi estruturada pela vida para sustentar o corpo e doar alimentos espirituais pelas vias do verbo, carecendo um e outro, de seleção.
Deves ter muito cuidado para que dela não partam escândalos de julgamentos. Não julgues os outros pelo que ouvires deles, pois esse não é o teu serviço; o intercâmbio com as pessoas deve servir-te de lição individual.
Se tua boca reproduzir o que escutaste dos teus companheiros e sendo assuntos indignos de menção, atrairás ondas vibratórias de magnetismo inferior, da mesma qualidade do primeiro emissor e ficarás revestido com os mesmos sentimentos decadentes de natureza viscosa, de difícil limpeza no seu corpo espiritual e orgânico.
Trabalhar o espírito é serviço que devemos impor tendo em vista a nossa atual inferioridade. Devemos treinar nossa mente para selecionar o bem do mal. Este trabalho é difícil e só com muita persistência é que conseguiremos controlar o que vamos falar, pois as palavras são carregadas de magnetismos e nós somos os responsáveis pela sua criação.
Quando pensamos ou falamos, a nossa aura se ilumina ou se escurece. Quando falamos a uma pessoa em particular não a envolvemos somente com a palavra ou a sugestão. Forças sutis, independentes de nosso controle, correm pelos fios invisíveis, ligando-nos às almas da mesma estação evolutiva em que estamos, amigos ou simpatizantes, associados na mesma idéia, que se beneficiam ou se atormentam.
Reflete bem sobre esta mensagem e o bem ou o mal que podes fazer, que está em teu poder para ser entregue aos outros em nome de Deus, pela tua boca.
A vitória sobre nós mesmos é consequência material de nosso esforço contínuo e vigilante. Começa aos poucos educando já o pensamento para que não passes para o verbo tudo aquilo que tua consciência diz não ser útil a ti e aos teus irmãos.
Aos poucos verás que não é tão difícil selecionar e vigiar a boca em favor dos ensinamentos do Evangelho de Jesus.
E a coroa da paz repousará sobre a tua cabeça só depois de muita renúncia e humildade na senda do trabalho construtivo e vigilante.
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso”
Livro “Palavras Libertadoras” – Setembro de 1996