Ser pai ou mãe é muito mais que gerar corpos para os espíritos que Deus lhes confiou à tutela do amor.

– Irmão José

A criação divina trabalha incessantemente até hoje e assim continuará pelo tempo sem fim.

Jesus já nos afirmará “Meu Pai trabalha até hoje e eu também”.

Então, por que duvidar desta criação perene e do amparo irrestrito a todos os seres da criação?

Seus representantes na Terra se denominam pai e mãe. Uma dualidade que Deus colocou para servir de suporte, amparo e direcionamento aos seus filhos.

Aos pais, muito mais do que gerar os corpos físicos de seus filhos, foi-lhes dada a responsabilidade de proteger, ensinar, acompanhar, orientar esses espíritos no início da caminhada e ao longo de sua jornada terrena.

O que sustenta essa missão é o amor herdado do Amor Divino que a tudo preside, nos momentos felizes, nos momentos de dor pelo abalo da saúde, pelos desvios de personalidade dos filhos, pelas horas de ingratidão e de abandono.

Como cocriadores com Deus, os pais, tutores na Terra, despojam-se de todos os apegos materiais em favor dos filhos.

Cabe-lhes a responsabilidade de mostrar o caminho reto que leva ao bem comum, aos procedimentos justos que desembocam na construção do ser correto em seus pensamentos e atitudes, alicerce duradouro para enfrentar as vicissitudes da vida.

Com que alegria são recebidos na Vida Espiritual aqueles que se desincumbiram de sua missão de pais, vendo frutificar as boas orientações que deram aos filhos, que Deus entregou à sua tutela.

Com que agradecimento são recebidos na Vida Espiritual aqueles que tudo fizeram em prol da educação dos espíritos confiados à sua paternidade, embora tenha havido um desvio de conduta, pelo livre arbítrio do espírito na condição de filho.

Continuarão do lado de lá acompanhando, vigilantes, rogando aos Benfeitores Espirituais que os permitam proteger seus rebentos.

A Doutrina Espírita nos ensina que através da reencarnação podemos retornar no papel de pai ou mãe para auxiliar aquele espírito que porventura tenhamos prejudicado em vidas passadas.

Sob a tutela do amor, que Deus, em Sua Misericórdia infinita, concede às suas criaturas, é que pai e mãe amarão, como Deus nos ama, os filhos de sua carne, que são os espíritos que precisam desse irrestrito amor para refazerem o caminho de volta e vencerem suas dificuldades, rumando para a libertação e crescimento espiritual.

Filhos problemas são aqueles espíritos a quem devemos imperiosamente ofertar e dedicar o nosso amor, até que tenhamos recebido o aval de Deus.

Filhos amigos e sensíveis são aqueles espíritos que Deus coloca em nosso caminho para nos auxiliar no ressarcimento de dívidas passadas, são os sustentáculos do amor de Deus, nos guiando no crescimento espiritual.

Quando Jesus disse “Eu e o Pai somos um”, e naquela época muitos não entenderam, fomos beneficiados nestes milênios com o paciente ensino de Deus, nos dizendo “Eis aí meu Filho Bem-Amado”, vosso irmão maior, que vos ofereço para que vos ensine sobre o verdadeiro amor, para unir a vós todos como irmãos.

Confiantes no Amor de Deus prossigamos exercendo, nesta vida, os papéis que nos foram confiados, para sermos merecedores de incumbências maiores quando retornarmos à verdadeira vida.

Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 72