“Tratai sobretudo de amar os que vos provocam indiferença, ódio e desprezo.”
(E.S.E. – Cap. XII)
O amor é o alicerce que sustenta a vida e promove o crescimento mútuo das criaturas.
Como Jesus nos alerta, se amarmos somente aos que nos são caros, aos que compartilham conosco ideias e desejos, que recompensa haveremos de ter?
Fomos chamados à vida pelas portas sublimes da reencarnação, para nos harmonizarmos mutuamente com os que não sintonizam conosco, que nos são estranhos ou indiferentes, mas igualmente merecedores de todo o nosso carinho e respeito.
Somos frutos de experiências passadas, que determinam gostos e desejos.
Como seres pensantes e extremamente complexos, guardamos nossa individualidade, diferenciando-nos uns dos outros.
Os que se apresentam na condição de inimigos, de desafetos, ou que nos provocam ódio e desinteresse, são aqueles que, simplesmente, aprenderam a ler a cartilha da vida de forma diferente da nossa. Amemos, porém, a todos eles, porquanto o amor estendido principalmente aos inimigos é a maior prova de capacidade moral que podemos oferecer.
Essa capacidade se fundamenta na compreensão dos princípios que esposam a vida, capacidade de exercermos a humildade dentro de nossas mentes, sabendo que não somos donos da verdade absoluta, que nossos pensamentos são frutos de nossos conhecimentos passados, sem, porém, representarem a única realidade possível, e sim, uma diminuta parcela dela.
Quem ama neutraliza o mal à sua volta, envolvendo em seu poderoso manto de luz toda desarmonia, mesmo a projetada contra nós por aqueles que, isolando-se em suas estreitas concessões, não compreendem ainda que, através do amor, tudo se harmoniza, mesmo os pensamentos mais opostos.
O amor é compreensão, entendimento e união, que tem como princípio moral a nossa filiação com Deus, verdade renovadora, libertadora e purificadora de consciências que nos iguala numa mesma condição, pois somos todos templos vivos do Criador.
O mal é uma ilusão passageira, fruto da ignorância. Quando a verdade superior se fizer presente com toda a sua força em nossos corações, as diferenças de periferia serão superadas naturalmente.
Quem ama reconhece a excelência do eterno bem nos corações de todas as criaturas. Mesmo as mais perversas ou indiferentes caminham todas no mesmo rumo, onde o amor universal há de representar a morada do espírito.
Sejamos os pioneiros a desbravar a terra inculta das nossas mentes em desequilíbrio, a golpes de sacrifício e de amor, fazendo de nós mesmos uma lavoura infinita a nutrir de bênçãos os caminhos que percorrermos, alimentando a todos os nossos irmãos com frutos abençoados de paz e de compreensão.
Amemos indistintamente, sabiamente, disputando o direito de ser trabalhadores dedicados na gleba da evolução, abrindo caminho através das incompreensões do mundo, qual clareira de luz e manancial de água pura a saciar a sede de todos os que a nós se achegarem.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia Paulo de Tarso – Pasta 49