TRANSITORIEDADE

Pensa cotidianamente na transitoriedade das coisas às quais te prendes.

— Irmão José

 

No intuito de aperfeiçoarem sua vida espiritual, os homens buscam incessantemente, dentro de seu coração, respostas satisfatórias às suas indagações e dúvidas.

 

Para isso é necessário que recorram a momentos de reflexão, que olhem para dentro de si mesmos e que ouçam a voz interior que lhes sugerirá o caminho a seguir. Essa voz não é outra senão a da divindade que existe dentro de cada ser; é a voz do Criador que fala por intermédio do mentor, ou Anjo de Guarda, que acompanha cada ser, desde o primeiro momento de sua encarnação na Terra.

 

Compromissos anteriores assumidos na Espiritualidade estão latentes no espírito do encarnado e, através de seu mentor, o ajudarão a desincumbir-se dessa tarefa.

 

Mas, caso isso não seja suficiente, o homem encontrará, no mundo dos encarnados, instituições que, voltadas para a religiosidade, estarão dispostas a auxiliá-lo, fazendo com que relembre, através dos ensinamentos deixados por Jesus, o caminho que deverá seguir.

 

As coisas do mundo encarnado são transitórias; foram colocadas à disposição do homem para que as utilize e manipule até que disponha dos elementos necessários a uma existência feliz.

 

O conhecimento adquirido através do estudo é necessário para que o homem saiba servir-se das situações, não apenas em proveito próprio, mas em benefício de todos os que o cercam.

 

Convém lembrar que todas as benesses doadas pelo Criador constituem um empréstimo momentâneo a ser administrado e usado pelo favorecido durante sua encarnação presente, já que nada lhe pertencerá definitivamente.

 

Os homens poderão, sim, repassar seus bens materiais, seus conhecimentos e suas experiências aos herdeiros que lhes aprouver designar; mas não poderão se apegar, nem em vida e muito menos após a morte, a tais bens materiais, porque de nada são proprietários definitivos. Tais bens são apenas um passaporte usado em sua trajetória terrena.

 

 

Devem pensar, cotidianamente, na transitoriedade das coisas às quais se apegam e praticar a cada dia o desapego.

Os homens devem, sim, ensinar aos demais como utilizar e fazer multiplicar os bens materiais, para que todos vivam bem, sem nunca deixarem de praticar o exercício do desapego.

 

Inversamente, os homens não podem esquecer o aprendizado, as experiências vividas, o conhecimento adquirido e o crescimento espiritual obtidos em cada encarnação, qualidades essas que levarão em sua bagagem espiritual, porque, esta sim, nunca lhes será subtraída.

 

Saber viver, sempre voltado para o bem e para o desenvolvimento do próximo, constitui a grande aquisição do homem em cada nova encarnação.

 

Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 72

 

 

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