Os flagelos… proporcionam ao homem… desenvolver os sentimentos de abnegação,
de desinteresse próprio e de amor ao próximo – Lei de Destruição
Quem não se compadece dos irmãos vitimados pelas catástrofes naturais ou provocadas?
Quando as imagens que os flagram em desespero, procurando os corpos dos entes queridos ou buscando resgatar o que sobrou de seus pertences, torna-se impossível não nos emocionarmos.
Mais impressionantes ainda são as cenas que exibem o empenho dos sobreviventes em reconstruir suas vidas.
De onde provém essa força?
Sem sombra de dúvida, da fé que depositam em si próprios e numa inteligência Superior, que os comanda e assiste.
Quantos se mobilizam para enviar-lhes gêneros alimentícios, roupas e utensílios que possam minimizar-lhes o sofrimento!
Como é belo o espetáculo da solidariedade, da fraternidade, agindo amorosamente! E perguntamos: por que essa solidariedade e essa fraternidade não se manifestam sempre?
Por que sentir asco ou medo do transeunte maltrapilho, que perdeu até mesmo a confiança em si? Quantos andarilhos sem teto, sem um lugar onde recostar o corpo exausto, não cruzam o nosso caminho?
E o que fazemos?
Numa atitude antifraterna, mudamos o rumo dos nossos passos, para não encararmos olhos vazios, que fitam o nada à sua frente.
Será que o Pai não os colocou no nosso caminho para, ao menos, perguntarmos-lhes se podemos fazer algo? Ou, na pior das hipóteses, com vistas à agressividade ou o estado de embriagues, não possamos erguer uma prece, solicitando o auxílio do Alto para esses irmãos?
Nosso coração necessita ser azeitado pelo amor, para que essa máquina seja colocada a serviço de nosso próximo mais efetivamente.
Aos abnegados, aos resignados, aos corajosos irmãos, vítimas das catástrofes, o nosso profundo respeito, a nossa admiração, por nos proporcionarem o ensejo de amá-los e de provar um pequenino bocado dessa virtude encantadora, que nos concita a exercitar o desapego e o desinteresse próprio.
Que Deus os abençoe e fortaleça.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 62