“O amor equilibra, a dor restaura. é por isso que ouvimos muitas vezes:
nunca teria acreditado em deus se não houvesse sofrido.”
Na grande subida para Deus, múltiplos são os caminhos que nos conduzem a Ele.
Muitos são os que se voltam para o Pai Eterno levados pela dor que lhes avassala o íntimo.
Quando o sofrimento lhes bate à porta, buscam por todos os cantos o conforto que possa apaziguar a alma em desespero, anseiam o momento em que a paz venha tranquilizar o seu Espírito.
Os que correm em busca de lenitivos perecíveis, iludidos pelas fantasias que a imaginação favorece, acabam por acumular débitos, aumentando-lhes a dose de sofrimento; os que, a título de camuflar a dor íntima, se entregam a todos os gêneros de refúgios menos felizes, deparam-se com a decepção e o remorso a castigar-lhes a alma.
Urge que o homem se volte para Deus, com a plena confiança de que o Pai Eterno não dá a Seus filhos uma pedra em lugar de pão, e nem coloca uma serpente em suas mãos quando estes Lhe pedem peixe.
A cada um segundo as suas obras.
O sofrimento não é Criação Divina; é a consequente inobservância das Leis de Deus.
É abençoada matéria na escola de aperfeiçoamento do espírito à qual pertencemos; é lição que requer amor, aceitação e renúncia.
De nada adianta a revolta que contraria a Justiça Divina.
Voltemo-nos para Deus na alegria e nos momentos difíceis, aceitando com amor os tormentosos instantes pelos quais tenhamos que suportar ainda que sob chuva de lágrimas; todavia, lembremo-nos de que o sol nasce todos os dias, favorecendo o crescimento da mais tenra semente no seio escuro do solo ou fazendo brilhar a neve no cume da mais alta montanha.
Se a dor nos fez acreditar em Deus, aproveitemos a lição e sigamos em frente, confiantes no Pai e coloquemos o amor acima da dor, para que a página seguinte do livro que diariamente escrevemos tenha maior luz.
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso”
Livro “Palavras Libertadoras” – Setembro de 1996