“A mão que escreve um livro nobre é respeitável e generosa,
todavia, a mão que socorre um doente é sublime e santa.”
Aquele que escreve um livro, semeando em suas páginas amor, conforto, consolo a quem o lê, realiza tarefa socorrista a todos aqueles que têm sede de alimento espiritual, procurando nos livros a solução para acalmar o seu espírito.
Reflete, pois na mensagem que envias ao teu irmão, nos comentários que rediges. Procura ver se elas estão auxiliando o irmão necessitado ou estão se perdendo por não terem nenhum valor construtivo.
Guarda a certeza de que tudo o que realizas, pensas e dizes consubstancia-se na mensagem que diriges às criaturas.
No entanto, é àquilo que fazes na Terra que a Lei de Causa e Efeito te responde.
Há tantas maneiras de socorrer!
Ao ajudares o doente a se levantar, estás sendo o cooperador de Jesus nas obras de assistência.
Ao matares a fome do necessitado, ajuda-o a reintegrar-se à sociedade e a avançar em sua missão.
Ao estenderes a mão ao desesperado, levas alento e esperança a quem possivelmente estava prestes a cometer um desatino.
Ao amparares ao moribundo levas alimento espiritual à criatura tão cansada de sofrer.
Ao sorrires para a criança acendes nela a confiança em si mesma e no seu crescimento.
Estendendo as mãos em auxílio aos necessitados, cansados e desesperançados que batem às nossas portas, estaremos, antes de mais nada, socorrendo a nós mesmos porque estaremos aperfeiçoando o espírito na seara do bem e do amor.
Antes de qualquer apreciação com relação ao próximo, em qualquer aspecto da vida, analisemos sinceramente nossas atitudes.
Perguntemo-nos que comportamento teríamos se estivéssemos no lugar daquele que passa por momentos difíceis, buscando o próprio reajustamento.
“A apreciação unilateral é sempre ruinosa”.
Quantos delitos não são cometidos porque a criatura vê tão-somente por apenas um ângulo?
Se espiarmos pelo buraco de uma fechadura, uma paisagem apresentar-se-á extremamente limitada, entretanto, se abrirmos a porta, o campo de visão será mais amplo e mais belo.
Contudo, se subirmos ao topo de uma montanha, o palco da Natureza descortinar-se-á aos nossos pés e a paisagem será de grandeza deslumbrante.
Assim devemos ser diante dos outros; não olhar o semelhante pelo estreito ângulo do desamor, mas acima de tudo, compreender seus erros e acertos com toda a amplitude do nosso amor.
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso”
Livro “Palavras Libertadoras” – Setembro de 1996