É doloroso percebermos quanto tempo é gasto em falatório improdutivo, onde reina o desequilíbrio desse instrumento tão precioso que o Pai nos concedeu: a palavra.
Nas rodas festivas, nas mesas dos bares, nos salões luxuosos, verificamos a maledicência desenfreada.
A falta de caridade ainda grassa amplamente na Terra e falar mal de alguém ou de algo tornou-se rotina entre vós.
Meus irmãos, impedi com todas as forças essa onda avassaladora que destrói boas intenções. Sabeis a responsabilidade que vos cabe quanto ao silêncio a ser mantido frente à má conduta.
Assim como julgais o próximo, sereis também vós julgados e, se a tolerância e a compreensão ainda não fazem parte da vossa vivência, apressai-vos em incorporar a ela tão preciosas virtudes.
Se o que ouvis é objeto de crítica a vós mesmos, antes de revidar com palavras carregadas de rancor e mágoa parai, silenciai a mente, refleti se há algo de verdadeiro na reprimenda. Muita vez, o relato contundente traz um enorme benefício àquele que souber apurar-lhe as causas.
Se, por outro lado, a crítica é dirigida à pessoa ausente, impossibilitada, portanto, de apresentar defesa, procurai não aumentar-lhe a carga de responsabilidade sobre os atos praticados.
Silenciai e emiti, do fundo do coração, uma vibração amorosa que, indo ao encontro do irmão faltoso, acentuará em seu íntimo a vontade de reajustar-se.
O mundo se contorce em múltiplas aflições das quais a maledicência é fator agravante.
Aprendei o quanto antes esta lição e, em seguida, acautelai-vos também quanto aos vossos pensamentos.
Lembrai-vos sempre do magnífico exemplo deixado pelo Divino Amigo ao abordar a mulher adúltera:
– “Mulher onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou? Eu tampouco te condenarei; vai, e não peques mais.”
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 38