Mesmo quando se trate de descondicionar-te do mal a que te habituaste,
a Lei Divina não comete violência.
– Irmão José
A natureza onipresente de Deus se manifesta na Terra na própria natureza das suas Criaturas, que também guardam um poder individual capaz de direcionar suas próprias escolhas por meio do livre arbítrio.
Sem dúvida, o grande Pai tem para conosco um amor além dos limites concebíveis por nossa acanhada imaginação do que isso possa significar.
Ele pode, pela sua vontade soberana, modificar as nossas inclinações e viciações internas, que ainda nos mantêm em sintonia com as zonas mais baixas do pensamento e das emoções. No entanto, o seu amor é tão grandioso que nos deu o poder de sermos artífices de nossas próprias vidas, senhores de nossos destinos.
Gostaríamos de libertar-nos da condição de criaturas ainda atraídas pelos sentimentos menos dignos. Muitas vezes, imaginamo-nos frente ao Pai, reivindicando o direito de sermos poupados de tanto esforço e sofrimento, para nos libertarmos do passado de iniquidade e dor, que parece nos perseguir como uma sombra.
Esquecemos que a vida na Terra é uma grande escola, onde os espíritos que se perderam da filiação divina, encontram, à custa de esforço e amargas retificações, o caminho de retorno ao Pai.
Num planeta de polaridades, tanto o mal quanto o bem guardam as suas funções educativas. O sofrimento, no mal, cria em nós o desejo do bem e uma força propulsora nos conduz a procurar a saída para nossas quedas morais, nossa ignorância e rebeldia.
Sombra e luz são forças antagônicas, necessárias à harmonia dos processos em jogo, em que a humanidade na Terra se encontra submetida.
A ordem muitas vezes se altera quando a balança da vida pende para o lado escuro da energia e um impulso oposto das forcas em conflito, nos chama para a mudança que vem a seguir.
O mal gera a dor que promove o bem. Mesmo que, por enquanto, nos seja difícil compreender os processos da dor modeladora da consciência, saibamos que ela serve a essa grande finalidade.
Cair no mal e experimentar a dor da queda, compreender os mecanismos em jogo e reerguer-se do infeliz equívoco para as alturas grandiosas do infindável bem é tarefa individual e intransferível.
A oração fortalece os espíritos que caíram nas armadilhas do mal, enquanto a fé revigora o coração, mas não é lícito esperar de Deus e dos seus mensageiros que façam por nós o necessário descondicionamento das tendências inferiores. Essa ação eficaz deve partir de nós mesmos.
Precisamos aderir prontamente a um movimento interior de auto resgate.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 72