SEM FRONTEIRAS  

 

“Tanto quanto no Cristianismo primitivo, puro e simples, a caridade para nós não possui privilégios

e nem fronteiras, e a fé, para manifestar-se, não reclama lugares especiais.”

 

A longa estrada percorrida pelo ser humano nem sempre esteve plana e asfaltada. Muitas pedras ao longo do caminho, desníveis, abismos, muitos tropeços e quedas marcaram a sua cami­nhada.

 

Contudo, o homem desde que se colocou de pé, a tudo vem enfrentando para sobreviver; mais do que isso, viver, crescer, evoluir.

 

No seu caminhar, sem fronteiras, a muitos arrasta consigo, ora partilhando a convivência, ora fazendo novos conhecimentos, instruindo-se e ensinando.

 

Quando Jesus veio até nós, iniciou o Seu traba­lho de amor, ensinando, curando, expulsando os espíritos maléficos, falando-nos do Reino de Deus.

 

Ele nos legou um código moral, alertando-nos inúmeras vezes, através das parábolas de que não iríamos ao Pai se não através d’Ele — Jesus.

 

E qual era e é, até hoje, esse caminho?

 

O Amor. Esse sentimento maior que se manifesta sempre sob a forma de caridade.

 

A caridade pura e simples atravessou milênios, derrubando fronteiras, enlaçando tantos quantos se rendiam ao seu apelo.

 

Convertia ódio em amor; expiação em ensinamento; dor em alegria; desespero em consolo; gemido em oração.

 

Se o apelo caritativo atravessou o tempo, que direito temos nós de ignorá-lo?

 

Qual outro caminho se nos aponta, se queremos seguir o Cristo? Que outra esperança temos de nos melhorar, senão através da caridade?

 

Colocando-nos nesse caminho, o que temos a nos sustentar, senão a fé inquebrantável, firme, segura, raciocinada? Sim, raciocinemos naquilo que estamos defendendo e pondo em prática.

 

Disse-nos o Mestre que poderemos remover montanhas com a nossa fé. Por que, então, não analisarmos sinceramente a que devemos tantas e tantas dificuldades sanadas, senão pela nossa fé e coragem de prosseguir?

 

 

Aquele que sabe, tem esperança e fé, segue em frente; mas aquele que tem tudo isso e ama irrestritamente, como Jesus nos ama, este segue mais adiante, desbravando o infinito.

 

 

Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso”

Livro “Palavras Libertadoras” – Setembro de 1996

 

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