A riqueza e o poder despertam todas as paixões que nos prendem
à matéria e nos distanciam da perfeição espiritual.
– Lei de Igualdade
Os bens materiais despertam no homem atitudes reprováveis, porque sua posse se liga fortemente ao sentimento da ambição.
Assim é que, ao invés de tomar os recursos como ferramentas úteis na concessão de trabalho aos irmãos menos favorecidos, eles se tornam senhores, provocando os mais vis comportamentos, num processo ilusório de grandes proporções.
Deus, o Criador bondoso e sábio, jamais concederia aos filhos uma dádiva que visasse ao desalinho de Suas leis de bondade e amor. Entretanto, como deseja obter deles atitudes que se coadunem com tais leis, deixa-os à vontade para agir.
No entanto, a soberana lei da justiça haverá de corrigir os rumos desastrosos tomados por todos aqueles que se sentirem em posição de destaque e, principalmente, aos que abusarem do poder que detêm, impondo regime de quase servidão aos seus comandados, regime esse inadmissível para quem tem Jesus por mestre.
Tão ligados e envolvidos com a preservação de seus bens e, sobretudo, com o seu incremento, esquecem-se de que aqui tudo deixarão quando tiverem de voltar às suas verdadeiras origens.
Perguntar-se-ão, então: – Que fiz dos bens que o Senhor me confiou? Que valor dei ao meu espírito? Que virtudes procurei desenvolver, já que os recursos que me foram emprestados permitiram uma vida amena junto aos meus?
Oh, meu Deus! Como fui tolo e egoísta! Quanto arrependimento em minha alma! Sofro pelo tempo que desperdicei, mas rogo à Vossa Bondade suprema que me conceda nova oportunidade, talvez com provas mais árduas, para que eu possa Vos servir melhor e aperfeiçoar meu espírito devedor.
Senhor! Rogo-vos clemência e, convicto de que serei ouvido, deixo meu espírito em Vossas mãos, quando estarei em paz e submisso aos vossos desígnios. Valei-me, meu Deus!
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 63