Mais trabalhoso é resistir aos vícios e paixões do que suar em serviços materiais.
“Oh raça incrédula e infiel! Até quando vos hei de sofrer?”
Ao expressar-se desta forma, o Cristo estava nos convocando para a melhoria interna, para o combate constante em nosso espírito contra o mal que trazemos do passado ou que herdamos pela raça a que pertencemos, ou pelo mal que praticamos na presente encarnação.
Já com a fronte em suor de sangue, o Cristo expressa sua mais alta forma de dor: a dor sentida por ele é causada por nós.
O sofrimento redime o espírito.
Sofrer significa contrariar-se nas decisões às vezes tão fáceis de serem tomadas, mas tão difíceis de serem reparadas.
Nosso corpo suará sangue, ou seja, se retorcerá em dores ao combatermos dentro de nós os vícios e as paixões, ambos destruidores.
O vício escraviza o corpo, deformando o perispírito; a paixão causa dependências tão terríveis quanto aquele.
O vício vai do mais simples cigarro, aparentemente tão inofensivo, aos mais torpes como as drogar, o álcool e outros mais. A prostituição se anela entre a paixão e o vício do sexo; a corrupção carrega consigo multidões de espíritos sofredores.
“Oh raça incrédula e infiel! Até quando vos hei de sofrer?”
Quando a Humanidade irá se conscientizar de que tem que lutar contra essas fraquezas do seu eu?
O vício tem que ser aniquilado da Terra, mesmo porque o Cristo não se fará presente no Terceiro Milênio se ele permanecer.
As paixões que arrastam consigo a destruição de lares, famílias inteiras, de fortunas nelas esbanjadas têm que ser, da mesma forma, proscritas do planeta.
Nada derruba mais o ser humano, nada o lança na mais completa degradação do que esses dois desvios.
Nenhum trabalho humano físico, material desarticula e deixa marcas mais violentas no ser físico e espiritual do que esses dois componentes: o vício e a paixão.
Por mais árduo que seja, o trabalho material é sempre útil ao ser humano, sempre o eleva acima da preguiça, acima de si próprio. As torpezas de caráter, ao contrário, denigrem a própria imagem do espírito frente a Jesus, frente ao Pai que nos quer beleza e perfeição.
A luta contra esses dois fatores deve ser iniciada já. A cada passo que você der contra eles pense: eu estou indo para Deus. O corpo se retorcerá em dores porque os órgãos viciosos reclamam pelos componentes que antes os alimentavam.
Mas o Evangelho de Jesus os equilibrará com a ajuda de irmãos espirituais, através dos passes magnéticos oferecidos pelas casas espíritas, pelos seareiros do Cristo Jesus.
Busquem sua corrigenda enquanto é tempo, irmãos. Ajudem seus irmãos na dor de si próprios.
Ergam-nos de seu sofrimento e padecimento moral.
Lutem consigo próprios se ainda possuírem um desses pequeninos vícios sociais de beber e fumar.
A cada passo exigirão de nós mais e mais esforço na melhoria de nossas inferioridades, porque temos que caminhar em direção ao Pai puros e livres de todas as opressões, das mesquinharias, dos vícios e paixões que carregamos de outras existências.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 12