A espiral evolutiva do espírito traz em seu bojo a conquista de virtudes.
A cada passo, o espírito deve libertar-se daquelas tendências que o fazem estacionar.
A luta é lenta e árdua; exige perseverança e disciplina. Mas, pouco a pouco é possível vislumbrar que uma parcela de virtude já foi adquirida e, com as armas que ela oferece, ganham-se novas forças para continuar a luta.
Um dos vícios morais mais difíceis de ser combatido é o egoísmo.
Teve, em princípio, utilidade para que o espírito, em seus primórdios, fosse capaz de distinguir a sua própria individualidade e preserva-la.
Com o passar do tempo, o egoísmo é levado às últimas conseqüências, resvalando na criminalidade e na loucura.
Em nome do egoísmo e dos pretensos direitos do cidadão, desculpam-se as maiores atrocidades.
No entanto, meus amados, o egoísmo vos acorrenta a grilhões fortíssimos. O egoísmo impede que se faça luz para vós, mantendo-vos cegos e surdos aos apelos dos corações altruístas.
Por que não experimentais trilhar um pouco a estrada da renúncia? Não dessa renúncia impregnada de revolta, carregada de mágoa e tristeza, mas aquela renúncia consciente, plena de suavidade, com brandura que transparece no sorriso de quem confia que o Seu Senhor lhe reserva algo muito melhor do que a satisfação de um ínfimo desejo.
Abrir mão é sinal de fé e isto só se consegue de maneira integral quando aquele amor ensinado pelo Mestre Jesus é plenamente compreendido.
Não é fácil renunciar, mas é possível e desejável que proveis o seu doce gosto, quando então o Pai Misericordioso envolverá o vosso coração de reconhecimento e júbilo por ter despertado tão sublime sentimento na alma do dileto filho.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 7