O receio de não serem compreendidos faz com que muitos se calem
e carreguem sozinhos a cruz que lhes pesa a alma.
– Irmão José
Caridade é também aceitar os outros como são, sem preconceitos e restrições quanto às suas escolhas.
Muitas vezes, as atitudes e ações do próximo pedem compreensão e solidariedade, embora o mesmo não aconteça quando se trata de suas dores da alma, que guardam para si.
Muitas das pessoas que nos querem bem deixam de buscar apoio e segurança junto a nós porque sentem que, apesar desse bem querer, se abrirem seu coração e nos expuserem seus dramas íntimos não serão compreendidas, ou, o que é pior, serão censuradas; calam-se e carregam sozinhas a cruz que lhes pesa na alma.
Não deve ser essa a atitude do cristão.
Se uma pessoa nos escolher para ouvirmos seus desabafos, ouçamo-la rogando a Deus a intuição necessária para podermos ajudá-la. Ajudar não implica concordar com atos incorretos; basta ouvi-la, dar-lhe amorosamente um conselho; compreensão e boa vontade não fazem mal a ninguém.
Se nos sentimos capazes de ajudar, apontemos e discutamos seu erro, porque condenar e execrar em nada melhoram uma situação problemática.
Lembremo-nos do comportamento de Cristo diante da mulher adúltera.
Após afastar seus algozes, disse-lhe apenas “vai e não tornes a pecar.”
Foi carinhoso, mas não compactuou com o erro.
Este deverá ser o exemplo a ser seguido.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 72