“Quem matar peia espada perecerá pela espada”

(E.S.E. – Cap. XXIII)

Ambientado em terreno inóspito, onde a violência grassa e destrói as esperanças do homem, não raro vêem-se as criaturas desesperadas, amedrontadas frente às investidas do mal que parece não ter fim.

Como supor uma distribuição desigual entre os filhos de um Pai generoso e magnânimo?

Não fere profundamente a nossa razão tanta incoerência?

Em verdade, queridos irmãos, não há nada de errado em canto algum, em nenhuma situação. Cada criatura colhe hoje o produto da semeadura feita ontem.

Como a vossa visão se prende apenas a um capítulo restrito do livro da vida, não enxergais o contexto amplo em que os relacionamentos e as oportunidades programadas criteriosamente com a vossa anuência se cumprem à risca.

“Quem matar pela espada perecerá pela espada”, advertiu-nos o Mestre de

Nazaré.

Entendei por espada não apenas a lâmina que destrói a matéria, aniquila o corpo perecível, mas também as palavras, atos e intenções que atingem diretamente o espírito, matam ideias e ideais, truncam carreiras, desviam os seres das propostas que fizeram, concorrendo para a modificação de toda uma programação voltada para o progresso.

Não seria justo deixar sem corrigenda as atitudes daqueles que, por imaturidade, julgam-se no direito de transgredir a lei de liberdade e desencorajam seus irmãos na busca de propósitos mais elevados.

Se abusastes da força física e submetestes os vossos semelhantes a todo o tipo de constrangimento, melhor será para vós que experimenteis o mesmo tipo de inibição para aprenderdes o seu significado, tomando a dor por valorosa mestra.

Caminhai, pois, sob o jugo da mesma espada com a qual feristes outrora as criaturas que ombreavam convosco, galgando os mesmos degraus.

Tomai-a agora em vosso favor, atentando para as possibilidades que ela vos oferece na conquista das virtudes.

Não mais a empunheis contra os vossos irmãos e sim uni-vos em torno dela como valorosos soldados do Cristo, na defesa dos Seus ensinamentos, espelhados no Seu exemplo luminoso.

Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia Paulo de Tarso – Pasta 52