“Com o Cristo, não vemos a ideia de repouso improdutivo como preparação do céu.”
Todo homem almeja alcançar o céu.
Desde o início de sua formação religiosa, o homem tem uma vaga idéia do plano espiritual. No entanto, confunde céu com inatividade.
Como o homem atingirá o céu?
Em primeiro lugar, travando uma enorme batalha contra suas imperfeições, burilando pensamentos e sentimentos num processo longo e árduo, que exigirá dele altas quotas de renúncia e abnegação.
Verificará de pronto que apenas através do trabalho no bem conseguirá livrar-se do círculo vicioso de mal-proceder e mal-pensar.
Constatará que somente pelo atendimento ao bem-estar de seu próximo conseguirá sentir-se menos angustiado, e projetará a sua felicidade na felicidade que conseguir fazer aos outros.
Cristo encarnou entre os homens dando exemplo vivo de trabalho em benefício de todos, a despeito das calúnias, dos maus-tratos, da incredulidade e das perseguições. Reuniu ao seu redor os miseráveis e os desvalidos e distribuiu todo o amor que possuía.
Como demonstrou esse amor?
Curando os enfermos, erguendo os fracos, apaziguando os aflitos, dando esperança aos desalentados, ensinando os ignorantes…
Jesus é o símbolo do trabalho com amor, da caridade desinteressada, que tentou nos transmitir através da máxima: “Amai-vos uns aos outros”.
Jesus nos deu uma inolvidável lição de amor e o céu de Jesus esta repleto de mensageiros que trabalham incessantemente, muito longe do lazer ou do ócio, porque deles depende a orientação dos fracos, a luz dos cegos, a evolução do homem. Se Jesus e Seus mensageiros cruzassem os braços por um instante que fosse, sucumbiríamos diante das trevas que projetamos e das energias deletérias que produzimos.
O socorro vem do alto na forma de auxílio e é ao trabalho que devemos render a nossa mais profunda gratidão, pois através dele conquistamos virtudes, desenvolvemos a inteligência, adquirimos a luz que, finalmente, irá iluminar o nosso caminho rumo ao céu.
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso”
Livro “Palavras Libertadoras” – Setembro de 1996