Lembre-se de que a virtude não é uma voz que fala e, sim, um poder que irradia.

A estatura moral de um espírito, encarnado ou desencarnado, não se revela através de palavras soltas ao vento, as quais podem até fazer bela figura, mas, quando dissociadas de bons sentimentos, são como fumaça que se esvai facilmente; se proferidas de maneira não fundamentada, se não forem fruto do aprendizado e do entendimento, mas baseadas em falsas crenças, ainda menor será sua força.

Quem deseja ensinar deve antes aprender o resultado dessa aprendizagem se revelará sem dúvida em suas palavras e obras.

Nesse caso, ao dirigir-se a alguém ou à multidão, a criatura será reconhecida pela essência iluminada de seu espírito, intuída através das palavras de seu discurso.

Essa virtude pode ser comparada ao voo que sustém o pássaro no ar: o movimento de suas asas é técnico e preciso e o ar é elemento fundamental da equação. O voo resulta da perfeita harmonia entre o ar e o movimento das asas no espaço.

Quem pretender convencer a plateia com suas palavras deverá analisar antes a origem de tais palavras. Se estiverem enraizadas em um coração benévolo e se os sentimentos forem calcados na sinceridade, o orador será ouvido com proveito.

Aquele que se dispuser a ouvi-lo, e a compreendê-lo será o primeiro beneficiado.

Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 74