“Perdoar aos inimigos é pedir perdão para vós mesmos”
(E.S.E. Cap. X)
O perdão é, sem dúvida, um lucrativo investimento na conta corrente das nossas vidas. É a melhor forma de poupança para nosso futuro, os dividendos espirituais que farão de nosso amanhã uma jornada de bênçãos.
No círculo vicioso da vingança, em que nos mantemos encarcerados às sombras do passado, o perdão irrestrito há de pôr ponto final ao carrossel de dor que nos imanta aos nossos desafetos do pretérito. Para a nossa libertação mútua, portanto, o perdão é um bálsamo de amor a cicatrizar as nossas próprias feridas.
Quem se nega ao perdão à frente do adversário da véspera, colocado em nosso encalço pelos divinos desígnios através da benção da reencarnação, desdenha a oportunidade preciosa que o libertará das pesadas algemas do carma e do sofrimento.
Quem, porém, aceitando os desígnios superiores, se alinha ao bem infinito que o perdão e o esquecimento lhe podem oferecer, transforma-se em senhor de si mesmo, decidindo com sabedoria o seu próprio porvir.
É da lei que sejamos perdoados conforme estejamos dispostos a estender aos outros o nosso perdão.
Perdoar, do fundo do coração e sem segundas intenções; perdoar com amor, esquecendo definitivamente as ofensas cometidas contra nós. Esse é o perdão agradável a Deus.
Devedores uns dos outros no drama evolutivo, porquanto irmanados por laços do passado, compomos um comboio de vidas que caminham juntas para o amor que deverá reinar soberano, um dia, na face da terra.
Encontrando em nossos algozes de hoje as nossas vítimas de existências passadas vamos percorrendo o caminho de reencarnação em reencarnação.
Só uma mente sábia e uma consciência iluminada ao sol do Evangelho poderão pôr fim a este carrossel doentio de ódio e dor.
Meditemos, sobre isto, sabendo que o caminho é de renúncia e trabalho íntimos, de muita oração e muita compreensão, para trilhar o caminho da paz que há de ser também o caminho da felicidade duradoura que Jesus nos propôs.
Procuremos essa dádiva infinita no âmago de nosso ser.
Fomos chamados à vida física para cumprir este pacto de renúncia e de paz, muitas vezes colocados frente a frente aos nossos desafetos debaixo do mesmo teto.
Não desdenhemos esta oportunidade, valorizando-a de todas as maneiras ao nosso alcance.
A tarefa é árdua e muitas vezes dolorosa. Refugiemo-nos na oração, nossa porta de acesso a Deus, e Ele multiplicará o nosso esforço e o nosso empenho, para sermos coroados pela vitoriosa conclusão, a nos libertar do mal, para um caminho de luzes infinitas.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia Paulo de Tarso – Pasta 49