Todos ficamos, em algum momento, diante de almas sofredoras, prisioneiras dos labirintos da mágoa, das teias do rancor ou das profundezas da malquerença, que se regozijam com a dor alheia, tamanha dor que lhes asfixia o mundo íntimo, muitas vezes, na pessoa de um familiar ou de um amigo querido.
A felicidade dos outros os fere qual dardo envenenado e somente o sofrimento do próximo os alivia da pesada couraça de sombras que carregam, como se se consolassem com a dor que visita a casa do vizinho.
À mercê de seus próprios pesadelos, trazem inexplicáveis tormentos íntimos.
Negam-se a reconhecer que seus mais temidos inimigos encontram-se dentro deles próprios, perturbando-lhes o sono, atormentando-lhes o coração.
Todo destaque nos outros se lhes afigura ofensa cruel.
Toda felicidade dos outros acreditam ser felicidade a eles furtada.
Toda qualidade nobre do irmão que compartilha seu caminho é motivo de escárnio e zombaria, por verem no próprio espelho da consciência, a carência de todo o sentimento nobre.
Acreditamos que o melhor remédio, ante este tipo de conduta, seja o silêncio e a oração. Nem revide nem mágoa, tampouco afetação.
Mantendo um coração dulcificado pelo amor que já deve nortear as nossas ações, silenciemos imperturbáveis.
Desta forma, sairemos do campo vibratório de desequilíbrio em que o irmão estaciona.
A nossa calma interna lhe provocará um choque e a dor de ver-nos imperturbáveis abrirá em seu íntimo uma brecha para uma tomada de consciência.
Mantenhamos, porém, uma atitude de compreensão, de prece, e de policiamento íntimo, para não cairmos nos mesmos erros que condenamos.
Testemunhemos, acima de tudo, com a nossa parcela de amor e fraternidade, entregando a Deus nossos mais puros sentimentos de perdão e de paz.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 38