“Os espíritos são tocados pelo fervor do pensamento dos que se interessam por eles.”
(E.S.E. – Cap. XXVI)
No trato com a espiritualidade deve a criatura desenvolver sentimentos de fraternidade e compreensão, de amor universal e confiança plena nos princípios superiores da vida.
Quem se candidata ao intercâmbio com o invisível precisa reconhecer que somente nos moldes de Cristo poderá realizar esse trabalho com segurança e tranquilidade; precisa instruir-se em primeiro lugar e guardar, em segundo lugar, a cautela necessária para não cair na mistificação, a exemplo daqueles que se servem da mediunidade para envolverem a criatura em terríveis enganos.
Deve, antes de mais nada, reconhecer o princípio da sintonia.
Quem se candidata a intérprete do mundo espiritual deve saber que a condição mediúnica não é a única exigência a ser considerada.
Para que uma comunicação seja proveitosa, calcada no bem comum, a condição psíquica, moral e espiritual do médium deve estar voltada para um propósito superior; interesses mesquinhos não podem ser o móvel que o direciona.
O amor e o respeito pelo espírito comunicante, o interesse fraterno em levar, aos irmãos menos esclarecidos, conhecimentos que venham acrescentar beleza, perfeição, fé e luz às suas vidas deve ser o intuito primeiro de todo medianeiro que transmite mensagens do Plano Maior.
Não se improvisa um dom mediúnico, ainda que o propósito seja o de trabalhar em prol da divulgação da fé viva.
É necessário que o médium reconheça sua necessidade de burilamento, que saiba quais os pontos obscuros de seu ser, enfim, que trabalhe sua própria pessoa para que possa extirpar as chagas do personalismo inferior, a parte obscura de seu ego.
É primordial que reorganize as ideias para que somente o amor incondicional e o desejo autêntico de servir em Cristo sejam o motivo que o impele à realização de um trabalho sério da reforma íntima que lhe permitirá levar consolação e respeito a todos.
Desenvolvamos, o quanto antes, os princípios que o Evangelho do Cristo exemplifica com clareza e amor, e sairemos vitoriosos, abrindo mais e mais as comportas da nossa mente, e de nosso espírito, para sorver a profundidade de grandeza e luz que nos estão reservados.
Mesmo os que imaginam nada terem a realizar no campo do trabalho mediúnico devem saber que toda criatura é médium, em maior ou menor grau, e que os espíritos estão em permanente contato conosco, quer os sintamos, ou não.
Guardar no coração respeito, amor, benevolência para com todos e em especial para com nossos entes queridos e nossos familiares que nos precederam no caminho espiritual, é condição primordial para nos mantermos em harmonia interior, em paz com nossa consciência, para servirmos com amor e carinho, sem esperar retribuição. Só assim estaremos construindo uma vida de paz e harmonia interior.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia Paulo de Tarso – Pasta 52