“O poder de Deus se revela nas pequenas como nas grandes coisas.

Ele não põe a luz sob o alqueire, mas a derrama por toda a parte;

cegos são os que não a vêem.”   

          (ESE – Cap. VII)

Para a maioria dos homens, no mundo, a presença de Deus não passa de figura distante.

Imaginam-no num trono resplandecente, porém, muito longe dos simples mortais, a direcionar, de forma arbitrária, os destinos da humanidade.

Mas, para nós que acreditamos numa paternidade divina, plena de amor, de justiça e de misericórdia, a presença de Deus adquire uma dimensão muito diferente.

Sendo a própria natureza em movimento, é o instinto nato do animalzinho, a sustentá-lo na glória silenciosa da vida;

é o canto harmonioso das águas, a música inspiradora dos ventos;

é a sinfonia abençoada da existência, a nos conduzir suavemente através dos tempos, na embarcação dourada do amor infinito.

Muito ignoramos a respeito de Deus, Pai misericordioso de toda a criação. Muito ignoramos, muito mais do que conhecemos, muito mais do que entendemos e até muito mais do que intuímos.

E  esse muito mais que nos falta saber nos deixa cegos a toda a maravilha que nos cerca e que significa Deus em ação;

cegos, por ficarmos mergulhados numa ilusão chamada erroneamente de realidade;

cegos, por imaginarmos que Deus se encontra tão distante, quando permanece tão próximo.

Uma verdade tão simples e ao mesmo tempo tão difícil de compreender, uma verdade purificadora, que nos libertará das garras da ignorância;

uma luz em que tudo permanece mergulhado que, por ser tão abundante, a desconhecemos; tão a nosso alcance, porém tão distante.

Só através da meditação, da introspecção, da procura do auto-aperfeiçoamento e do autoconhecimento na pauta do Evangelho é que nossa cegueira de milênios, pouco a pouco começa a se desvanecer, como o amanhecer do dia pouco a pouco desintegra as sombras da noite.

Meditemos nas palavras do Cristo, sabendo que o Pai da vida não oculta a sua luz, e sim a derrama por toda a parte, para os que conservam abertos os olhos de ver.

Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia Paulo de Tarso – Pasta 48