“O médium curador transmite o fluido salutar dos bons espíritos e não tem o direito de vendê-lo”

“O médium curador transmite o fluido salutar dos bons espíritos e não tem o direito de vendê-lo”

(E.S.E. – Cap.  XXVI)

 

A comercialização dos dons espirituais ronda o homem há muito tempo.

Na antiguidade, antes mesmo da vinda do Messias, já existiam aqueles que possuíam o dom da premonição: previam o futuro e viviam dessas adivinhações, além de cobrarem para expulsarem os demónios.

Jesus de Nazaré veio mostrar que não se pode cobrar pelo que não se fez.

Não se pode confundir bens espirituais com bens materiais; portanto, não se pode tratar as questões espirituais como se tratariam as questões materiais.

O dom da adivinhação, a autoridade de expulsar demónios, o dom de curar doentes são faculdades que o homem possui; essa sensibilidade o ajuda a evoluir espiritualmente, pois curando os males do corpo e do espírito está praticando a caridade.

A evolução do espírito não pode ser comprada ou vendida; é uma aquisição que o homem faz por merecer; tem a ver com o amadurecimento do espírito e com seu maior desenvolvimento moral. Se um indivíduo pode curar alguém, não deve cobrar, mas sim curar de graça, pois é a oportunidade que tem de praticar a caridade, a exemplo do Cristo que curou doentes, expulsou demónios, mas nada cobrou de ninguém; simplesmente ajudou por amor àqueles que sofriam.

No que se refere a essa questão da cobrança pelos dons mediúnicos, não há que esquecer também um outro aspecto da situação: quando se cura ou se expulsam demónios, a energia que cura a mente e o corpo não provém do médium; este último é apenas o veículo, pois as energias provêm de Deus que as repassa aos espíritos superiores, os quais, por sua vez, as transmitem aos médiuns curadores, que as passam aos enfermos encarnados.

Assim sendo, o médium apenas transmite o que lhe foi passado; e só o faz por estar encarnado, condição necessária para que sirva de meio transmissor da forte descarga energética, provocadora de um grande impacto curador. Como cobrar por algo que não vem dele? Por algo que não criou, mas apenas transmitiu?

Nada justifica o pagamento pelo uso da mediunidade. O grande pagamento é a sensação do dever cumprido, da ajuda prestada, do prazer em ajudar. Apenas isso!

 

Instituição Beneficente “A Luz Divina”

Grupo de Psicografia Paulo de Tarso – Pasta 52

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