Enquanto o sentido moral não estiver plenamente desenvolvido,
os povos se servem de sua inteligência para fazer o mal. – Lei do Progresso
No apogeu de antigas raças, quando as civilizações se perderam pelos caminhos do conhecimento sem consciência, as criaturas experimentaram o amargor da ruína e da destruição.
O conhecimento, que representava um valioso patrimônio daquelas criaturas, transformou-se em escuros e perversos mecanismos de dominação, em que os representantes das sombras encontraram terreno fértil para a implantação de métodos de subjugação.
Hoje, a Terra passa por algo semelhante: os tempos são chegados e com eles assistimos ao desmoronamento de uma civilização corrompida pela ganância, presa a desejos inconfessáveis, como consequência da submersão das consciências ao ego inferior, ao orgulho e a perda de valores mais altos.
Sentimos um sopro de renovação, uma corrente de mudança que parece haver chegado à porta de nosso lar terrestre, contudo, carregando um terrível presságio de destruição.
Um alento de esperança, no entanto, traz algum alívio aos nossos corações, já que compreendemos que não existe transformação, para melhor, sem uma forte vontade que a preceda.
Voltaremos a repetir novamente os erros das gerações que nos precederam ou daremos um salto definitivo e grandioso a caminho da evolução?
Esperança, essa é a palavra de ordem para os dias vindouros. Esperança em que ainda no abismo escuro em que o ego nos tem mantidos presos somos, em essência, partículas sagradas a caminho da perfeição.
Sem dúvida, encontramo-nos aprisionados, desmotivados, muitas vezes surdos e cegos aos apelos da luz, mas no nosso íntimo uma centelha sagrada de fé nos diz que como estão as coisas não podem continuar.
O mundo se encontra numa situação de polaridade: ou quebramos as algemas de erro que limita e empobrece o nosso sagrado ser ou estaremos de volta a um círculo de repetições dolorosas, onde desperdiçaremos a oportunidade, mais uma vez, de aceitarmos a nossa verdadeira condição de seres destinados à perfeição.
Tempos difíceis estes. Mas, que transformação poderia se realizar sem que exista a destruição das construções antigas, aquelas paredes já rachadas que já não oferecem segurança para o teto que nos abriga?
Somos, contudo, partícipes e não meros espectadores dos tempos que estão findando. Busquemos, antes de tudo, a profunda renovação em nós mesmos, já que um pequeno movimento nas águas de um lago estabelecerá uma mudança na estrutura do próprio lago.
Reparemos que somos parte de uma unidade e como tal, somos a própria unidade. Transformemos os nossos desejos inferiores em grandes anseios do espírito.
Registremos num diário, tudo o que passa pela nossa mente no transcorrer de cada jornada. Fazendo isso, aprenderemos a nos manter conscientes de nossas ações, até dos pequenos sentimentos e emoções que à simples vista parecem insignificantes, mas que fazem toda diferença no concerto cósmico da vida, do mesmo modo que, uma pequena pedra jogada nas águas de um lago tem o poder de promover ondulações que se arrastaram até a margem.
Vigiemos esses pequenos impulsos, porque neles existem sugestões, muitas vezes perigosas, vindas de locais de sombra do astral inferior.
Procuremos nos conscientizar o quanto antes, já que a inconsciência é o liame que nos subjuga e aprisiona pelas correntes do pensamento e das emoções em desequilíbrio.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 63