Compreensivelmente, mesmo nas uniões mais ajustadas, irrompem desentendimentos,
incompreensões, discórdias que o amor suplanta.
– Joanna de Ângelis – SOS Família
Ciente de que as melhores soluções virão sempre daqueles que guardam amor no coração, o ser humano deve suplantar toda e qualquer divergência ou contenda em nome da união e da compreensão; e deve saber renunciar aos próprios interesses quando se tratar de serenar corações.
O lar dos casais desejosos de viverem bem em família deve ser um ninho de amor, sobretudo porque sua união gerará filhos pelos quais assumiram, na Espiritualidade, compromissos a serem cumpridos.
Assim, os filhos têm o direito de encontrar um lar harmonioso, onde possam fazer desabrochar e frutificar o amor que os direcionará para o caminho do bem e do crescimento espiritual.
Os filhos confiados por Deus à responsabilidade dos pais devem aprender com eles e, sobretudo, devem poder contar com eles em todas as situações suscetíveis de porem em risco sua sobrevivência e seu desenvolvimento e educação.
Ao longo dessa caminhada, se amparados pelos pais, os filhos se fortalecerão, pelo menos até poderem caminhar sozinhos.
Portanto, até que suas personalidades estejam preparadas para enfrentar o futuro, é lícito que aspirem viver em um ambiente propício, alegre, ajustado e feliz.
Embora reconheçamos que um lar ideal deve ter essas características, reconhecemos também que nem todos os lares as têm.
Os espíritos que ali militam e interagem são criaturas que, lutando pela sua melhoria interior, são passíveis de erros de conduta e comportamento.
É assim que muitos lares podem ser desajustados. Na realidade, os seres que aí vivem foram reunidos sob o mesmo teto para resgatarem erros cometidos em vidas passadas. Aliás, muitas vezes esse reencontro pode ter sido solicitado pelos próprios integrantes da família, antes de sua reencarnação.
Contudo, se tais seres tiverem amor no coração, esse sentimento fará com que acabem por vencer as situações de conflito e consigam perdoar, sempre que necessário.
Não podemos esquecer que, mesmo nas uniões mais ajustadas, podem surgir desentendimentos, incompreensões e discórdia, suscetíveis de colocarem em risco a vida no lar. Só que, nesse caso, o amor enraizado no coração de cada de membro da família suplantará as dificuldades mais facilmente.
Porque quem ama perdoa, quem ama procura vencer qualquer dificuldade.
Lembremos que, até nos lares desajustados, onde, muitas vezes, impera o desamor aparente, a convivência prossegue, embora com “altos e baixos”. Os familiares sentem, ainda que inconscientemente, que devem amparar-se uns aos outros, que o auxilio mútuo pode trazer dias melhores. E esse sentimento, a princípio negativo, acabará por fazer desabrochar o amor verdadeiro, que vence todas as dificuldades.
Então, a vitória sobre a animosidade no lar, a luta pela sobrevivência, a renúncia às ideias egoístas e a uma personalidade orgulhosa, farão com que a criatura, sem dar-se conta, passe a agir como as pessoas que amam a si e ao próximo, como pediu Jesus quando reconheceu que o próximo mais próximo é aquele que está a lado do outro, no lar.
Suplantando todas as dificuldades, o amor se solidifica no coração da criatura que acaba por reconhecer ser impossível fugir do compromisso assumido na Espiritualidade, o qual, caso não seja cumprido na encarnação presente, deverá sê-lo na seguinte.
Quem cumpre seu dever no lar, avança. Porém, aquele que o cumpre com abnegado amor vence a si próprio e estará pronto para galgar mais um degrau da escala evolutiva.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 77