Em meio a milhões e milhões de criaturas não existe nenhuma que seja absolutamente igual a ti.
– Irmão José
A vastidão da natureza criativa de Deus é grandiosa. O Grande Artista da Criação não faz réplicas de suas obras primas, cada um de nós representa uma obra prima criada por suas Divinas Mãos.
Infelizmente, muitas vezes experimentamos preconceitos com relação às nossas diferenças.
Queremos nos assemelhar aos outros e tudo fazemos para imitá-los em suas atitudes e até na forma física.
As clínicas de cirurgia plástica estão repletas de criaturas que não aceitam a própria aparência, chegando ao cúmulo de solicitar ao profissional uma intervenção cirúrgica para adquirir o rosto de alguma artista famosa do momento.
A insatisfação com a própria aparência se estende a insatisfações outras: o desejo de sermos mais inteligentes, mais atraentes, mais sábios e assim por diante.
Invejamos aquilo que admiramos nos semelhantes, desdenhando em nós as particularidades que nos fazem especiais e incomuns.
Imaginar que se fôssemos de tal ou qual maneira seríamos mais felizes, nos faz eternamente insatisfeitos, agitados, confusos, carentes e irritadiços.
Desdenhamos o próprio valor sem perceber que o excessivo apreço às aparências nos fecha as portas ao autoconhecimento e à felicidade.
Nossa vida é perfeita assim como é, na medida da nossa condição evolutiva. Somos criados como seres condicionados, sim, a uma compreensão mais apurada da nossa condição de filhos e filhas de Deus, não sendo relegados a uma condição de inferioridade, como muitos acreditam.
Julgarmos e nos compararmos aos outros, sempre que, aos nossos olhos, se mostrem em um grau superior ou inferior a nós, representa total falta de senso de realidade.
Todos temos particularidades a desenvolver e uma beleza original que sempre pode ser valorizada, principalmente por meio do amor e do respeito a nós mesmos, assim como a compreensão de que muito temos a oferecer no concerto eterno da vida.
Saibamos cooperar por meio da instrumentalidade que nos cabe, para que a sinfonia do existir seja harmoniosa e bela.
A importância da nossa vida, tanto quanto da vida de todas as criaturas faz a diferença no mundo. Nem maiores, nem menores, porém, únicos.
Saibamos reconhecer em nós e nas outras criaturas a individualidade e singularidade incomparáveis, utilizando-nos delas para construir uma vida que valha a pena ser vivida.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 72