O avanço tecnológico, as pressões sociais e profissionais têm tornado o homem prisioneiro de um perigoso processo de degeneração auditiva.
O crescimento desordenado das cidades, a superpopulação, o número crescente de veículos circulando nas ruas, bombardeiam o delicado sistema destinado a distinguir e selecionar os sons.
Acompanhando esse crescer frenético do ruído, a própria voz humana vem apresentando alterações de intensidade, numa tentativa de superar o zunido residual do meio em que a criatura vive e opera.
Numa conversação normal, podemos perceber um aumento significativo na intensidade em que a palavra é proferida. Nos estados alterados, então, em que os contendores irritados gritam impropérios sem controle, mais e mais se instala a desarmonia sonora.
Meu irmão, não te deixes envolver em tal clima. Respira fundo, aprofunda-te no contato com teu eu essencial e fala em tom adequado, baixando gradativamente o volume da tua voz.
O contendor perceberá com clareza a situação insólita na qual se colocou.
Se puderes, envia uma vibração amorosa ao coração do irmão em desalinho, serenando-lhe o ânimo exaltado.
Não te esqueças de desfrutar do silêncio interior alguns minutos por dia, prática que te permitirá desconcentrar-te do burburinho externo.
Procura, então, ouvir os sons que a natureza te oferta nos lugares para onde a tua meditação te transportar e vê como eles cairão qual bálsamo benéfico sobre o teu sistema nervoso cansado.
Não te desarmonizes, nem acompanhes o que está na moda, segundo a opinião desbalizada da maioria.
Segue a tua estrada, ainda que solitário, e verás que, somente no grande silêncio interior, se faz ouvir a voz de Deus.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 40