A mistura de aptidões é necessária, a fim de que cada um possa contribuir para os desígnios da Providência.

– Lei de Igualdade

As organizações sociais caracterizaram-se, desde os seus primórdios, pela divisão do trabalho. Enquanto uns se dedicavam à caça, outros cuidavam da prole e executavam outras tarefas.

Interessante notar que, desde então, as diferentes aptidões já se manifestavam entre os homens primitivos.

Com a complexidade das leis e dos processos vivenciados pelas criaturas, houve uma corrida para a especialização e, pouco a pouco, cada qual capacitou-se para atuar em determinado segmento da sociedade.

Levando-se em conta a peregrinação do espírito em sua caminhada evolutiva, que lhe faculta internar-se nas diversas camadas sociais, durante as várias encarnações, vê-se aí a vontade de Deus, ao conceder aos filhos infinitas oportunidades de exercício de suas potencialidades.

O gérmen da sabedoria, adormecido na alma, requer esforço para desabrochar e capacitá-la na conquista de patamares mais elevados do progresso espiritual, cabendo a cada ser aproveitar as lições que poderão ser colhidas a cada vivência na carne, porquanto serão conquistas eternas, que o espírito poderá transferir para onde quiser, quando quiser.

Não há dúvida quanto à importância da diversidade das aptidões, uma vez que cada espírito vive em comunhão com seus semelhantes, valendo-se das diferentes qualidades de que cada ser é portador.

Por esse motivo, não há uma atividade sequer que deva ser desmerecida ou menosprezada. Tanto o doutor, o juiz, o professor, o encanador dependem do gari que mantém a cidade limpa, garantindo melhores condições de higiene e saúde.

É preciso que nos conscientizemos de que fazemos parte de um todo obediente aos desígnios da divina providência. Por isso, valorizemos ao máximo as nossas aptidões, bem como as de nossos irmãos, para que, como uma orquestra bem afinada, possamos obedecer aos comandos do Supremo Maestro, na maravilhosa sinfonia da vida.

Instituição Beneficente “A Luz Divina”

Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 63