Lembra-te sempre do fim e de que o tempo perdido não volta. Sem cuidado e diligência, nunca poderás alcançar a virtude.

Os minutos são gotas de luz que caem do céu em favor dos filhos do Altíssimo.

Se todos os minutos fossem aproveitados para construções edificantes nas tarefas para as quais o homem é solicitado, certamente ele se sintonizaria com as leis que regem a Vida Maior.

No entanto, os minutos são desprezados, ao mesmo tempo em que ele reclama falta de tempo.

Se refletisse um pouco, descobriria que sempre há tempo, só lhe falta tempo para Deus, e por faltar-lhe tempo para Deus é que perde valiosas oportunidades que não voltam.

Na ânsia incessante de não perder tempo, passa-lhe despercebido o minuto precioso que tem à sua disposição para estender a mão ao auxílio fraterno;

esquece-se de sorrir porque está perdido demais nos próprios pensamentos;

receia ser prejudicado quando alguém lhe pede um favor;

não se oferece para coisa alguma;

não administra o tempo para que ele seja um amigo leal, ao contrário, tem-no como inimigo contundente.

Ter tempo para Deus e, consequentemente para a conquista de virtudes, não significa permanecer em estado contemplativo horas e horas, embora a reflexão e a meditação sejam companheiras necessárias ao próprio equilíbrio.

Lembra-te sempre que os minutos somados resultam no tempo que a Divina Providência te concede para que tenhas a oportunidade de alcançar a virtude.

Pondera, pois, em alguns pontos que te possa parecer insignificantes:

se em teu caminho te deparares com alguém cuja fome e frio lhe vergastam o corpo físico levando-o à demência, não te detenhas a lastimar-lhe, a provação e não alegues falta de tempo para ajudar.  Mobiliza tuas forças no Bem e trabalha incansavelmente para que possas encontrar o próprio equilíbrio;

se tivesses tido um minuto de paciência para aguardar a tua vez no trânsito, por certo terias evitado aquele palavreado menos digno a que sujeitastes os teus ouvidos, roubando-te a paz;

àquelas horas preciosas que dedicaste à leitura menos feliz, se dedicadas ao livro edificante teriam te proporcionado melhor saúde mental;

se aqueles minutos de ontem utilizados descuidadamente para maledicência fossem aproveitados para uma vibração amorosa, não experimentarias hoje o desconforto íntimo;

se tivesses tido um segundo de bom humor, obviamente não terias maltratado o pequeno, que na ingenuidade pueril desligou o televisor quando a cena era tão preciosa para os teus sentidos.

Cuida da tua elevação através da tua conduta diária, das boas obras, por pequenas que sejam, para que o amanhã não te encontre coberto pelo gelo do tempo perdido, quando por descuido não ouvistes os apelos de Deus.

Cada minuto construído sobre a palavra que conforta, o sorriso que anima, o pão que alimenta, o remédio que cura, a prece que consola é gota de luz a direcionar a tua existência para que alcances a virtude e possas experimentar a paz de um abençoado.

Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 12