Ao sentir-te agredido pela falácia dos maus e ignorantes, pela palavra mal recebida por aquele a quem pretendia ajudar, pelo empregado ao qual pagas o salário justo pelo trabalho do dia, em fim, pelos que te rodeiam, não revides com agressão. Isto colocar-te-ia na mesma faixa vibratória do teu agressor.
A agressão atinge mais facilmente o lado em que temos as nossas fraquezas; portanto, há necessidade imediata de reforçar as guardas desse lado.
Ante o agressor acalma-te.
Ao terminar o ofensor a sua voraz crítica, examina primeiro o conteúdo das palavras e vê se no total elas não servem mesmo para nada. As vezes há na provocação, na ironia a chance para se pedir perdão a quem, um dia, deixamos, talvez, caído na lama da infâmia e hoje vem-nos cobrar a reparação de outros tempos.
Se a agressão é momentânea, passageira, dessas que se dão nas ruas, no trânsito, por qualquer coisa, reivindica de teu coração o amor imediato aquele ser que passa e ofende a tantos; talvez ele esteja com inúmeros problemas e é tão pequena a sua fé, que só agredindo encontra alívio para seu coração o preço e ignorante das coisas de Deus.
Se, ao contrário, a palavra dura vem de quem amas, vem para que reformules tua forma de amar, talvez traçando novo rumo para sua elevação interior. Porque no amor há o egoísmo, há a força do poder, há a obsessão que leva muitos ao inferno de viver. Neste momento reformula teu amor, tendo o Cristo como padrão, como grande vencedor.
Oculta sempre o teu lado agressivo aos olhos e aos ouvidos alheios, pois em nada te ajudará o revide imediato transformando em duelo a luta que se desencadeará.
Busca no recôndito do teu coração aquilo que o Mestre ensinou: a mansidão.
A mansidão é irmã da humildade que já fez sucumbir milhares de reis, castelos de orgulho onde homens se ocultavam para mostrar o quanto valiam em pedras preciosas e outros artifícios, que disfarçavam apenas uma só verdade: ali só existia um fraco.
O manso não é fraco: é apenas de tudo um forte, um vencedor porque é sabedor das leis do Cristo e, conhecendo profundamente as benesses do amor fraterno, inspira-se mais uma vez no Mestre, no Cristo bendito para renovar esse amor através da virtude do silêncio frente as ogivas que o querem destruir.
O manso é aquele que já entendeu que neste momento os céus não serão mais conquistados pela força, mas pela doçura, pelos que têm puro o coração, amando, aceitando, resignando-se, sem com isso perder o grande triunfo da Terra: o de sair vencedor tendo como bandeira o Grande Cristo do Amor!
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso – Pasta 7