Aplausos ou apupos são manifestações circunstanciais e transitórias.
– Irmão José
As criaturas que estagiam nas experiências transitórias do plano físico permanecem muitas vezes restritas às zonas inferiores do comportamento, como se a adulação e os aplausos fossem os únicos objetivos a serem alcançados.
Contudo, esse alimento do ego não passa de manjar circunstancial, inútil para o espírito que anseia por voos mais altos no caminho da evolução.
Sem dúvida, a satisfação do dever retamente cumprido e o esforço em realizá-lo fazem com que experimentemos natural contentamento, principalmente quando encontramos o justo reconhecimento.
Não conseguiríamos ter entusiasmo nas diferentes tarefas que desenvolvemos no mundo sem o incentivo fraterno por meio do respeito e da aprovação por parte daqueles a quem servimos.
No entanto, buscar a lisonja e o aplauso de forma desmesurada, concentrando nisso todas as nossas esperanças, é consequência da falta de senso das proporções.
Muitas vezes, o aplauso desmedido não passa de um triste artifício utilizado por aqueles que ficam restritos a mecanismos interesseiros de adulação.
Para nós, plenamente informados dos retos caminhos com Jesus, que nos esforçamos para imitar a sua postura digna perante as criaturas, a utilização da lisonja, ou a aceitação desta, não deve fazer parte de nossas escolhas.
Perder-se nessa energia é perder-se de si mesmo e do valor da verdade daquilo que realmente somos, criaturas que se esforçam em acertar, mas que ainda se encontram muito distantes da plena realização do grande objetivo, da meta de todos os que se encontram no discipulado do Mestre.
No entanto, sem querer escorregar no pessimismo crônico, temos consciência da transitoriedade das atividades humanas na Terra, compreendendo que o que hoje nos beneficia no caminho do sucesso, amanhã, pode ser relegado ao esquecimento.
Lutemos por cumprir nossos encargos no mundo, mas sem permanecer nas zonas perigosas da ilusão, com o risco de aí estacionar por longo tempo, imaginando-nos numa falsa condição de superioridade ao nos deixarmos envolver pelo faz-de-conta da lisonja inútil.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 72