As mães adotivas amam pelo espírito, elegendo quem lhes vai receber o devotamento, a dedicação.

– SOS Família – Amélia Rodrigues.

Geralmente as mães, adotivas ou não, são pessoas que sempre desejaram poder cumprir a imensa, dolorida e anônima tarefa de serem mães.

Algumas mulheres, porém, embora esperem ardentemente por essa alegria, não alcançam essa bênção. Algumas se revoltam, culpando seu próprio físico ou o do companheiro.

São mulheres que amam crianças, que se prepararam psicologicamente para serem mães, mas que não conseguiram gerar no próprio útero esse ser tão desejado.

Muitas transferem esse potencial de amor a pequeninos que vivem em orfanatos. Mas a grande maioria continua esperando, com amor e ansiedade, o filho tão desejado.

Outras “amam pelo espírito e elegem quem vai receber seu devotamento e sua dedicação”. São as mães adotivas, que estão sempre prontas a doar seu amor a uma criança sem família ou cuja mãe não tenha condições, sobretudo financeiras, para criar e educar um filho.

Essas mães adotivas dedicam-se, de corpo e alma, à abençoada tarefa de criar esse ser indefeso, para elas uma verdadeira dádiva de Deus.

Às vezes têm a alegria de poder escolher, entre várias crianças, aquela que será o filho do coração. Sua alegria é sempre indescritível quando pousam o olhar sobre esse ser carente; e sua dor é imensa quando não lhes é possível minorar o sofrimento do filho amado.

Embora imaginemos que essa reação é a de todas as mães, na realidade não é bem assim. Porque o medo e o sofrimento de perderem esse ente especial faz nascer em seu coração um sentimento que não é, e nunca será, igual ao das mães naturais. As mães adotivas não conseguem esquecer, por exemplo, que o pequenino ser que lhes foi confiado nunca poderá conviver com a mãe que o gerou.

Rogo a Deus Pai, a Jesus e a Maria de Nazaré que estejam sempre ao lado dessas mães do coração, que amam, que simplesmente amam. Que Deus Pai abençoe todas elas por seu ato de desprendimento e doação amorosa.

Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 77