LAR SANTUÁRIO  

 

Quando o lar se converte em santuário, o crime se recolhe ao museu.

Quando a família ora, Jesus se demora em casa.

 – SOS Família

 

Podemos definir os seres unidos pelos laços de família como consciências que se cruzam, espíritos que se atraem para cumprirem lado a lado um abençoado plano de experiências evolutivas.

 

Essa realidade é muitas vezes negligenciada pela sociedade moderna; contudo, querendo ou não, os alicerces dessas uniões profundas em prol de um aprimoramento comum, precisam ser reforçados, para criação de uma sociedade futura mais nobre.

 

O crime, que atinge muitos lares, representa o fruto venenoso da falta de amor e de entendimento entre os homens, inclusive entre cada integrante de uma família.

 

Convidar Jesus para adentrar nosso santuário doméstico por meio da oração diária e da prática do evangelho no lar, faz com que nossas portas se fechem para a criminalidade.

 

Que fiquem para trás a falta de diálogo entre pais e filhos, bem como a imposição cega que impede o debate, no lar, de muitos pontos importantes para uma convivência saudável!

 

Compreendamos, contudo que, num mundo que ainda é de provas e expiações, os seres ligados pelos laços de família se assemelham, muitas vezes, a um enxame de criaturas debatendo-se em experiências dolorosas, de difícil solução. Uma pergunta: “Por que tive de nascer nesta família?” é feita costumeiramente, à guisa de desabafo.

 

Os mecanismos cármicos que unem os seres constituem um problema de difícil solução, muito embora já tenham sido estudados e analisados por esses mesmos seres quando se prepararam para a reencarnação e se empenharam em burilar as arestas criadas em seu coração desarmado por inimigos e desafetos que, diga-se de passagem, vestindo muitas vezes nova roupagem, reencarnam na condição de seus filhos, pais, mães ou irmãos.

 

Nesse clima de amor e ódio que, muitas vezes, recria ressentimentos inconscientes, fundem-se e refundem-se novos acordos, novas emoções, novos sentimentos que acabam por gerar uma nova consciência, mais esclarecida e renovada.

 

As manifestações diárias de fé e a ânsia de incutir nos familiares a consciência de valores transcendentes são extremamente importantes, mesmo quando o clima reinante é considerado impermeável ao amor.

Muitas vezes, seres mais esclarecidos e dispostos a transformar o lar num santuário de amor encontram resistência, animosidade e até ironia por parte daqueles que desejam fazer valer suas convicções. É difícil enfrentar a rebeldia dos que nem sequer querem ouvir falar da necessidade de também se reunirem em família para a prática da oração, talvez por vislumbrarem que a prece implica a prática do perdão, do amor, da união e da reforma de si mesmos.

 

O que fazer, então?

 

Em primeiro lugar, conscientizarmo-nos de que se trata de uma tarefa difícil, o que, aliás, não poderia ser diferente, dadas as discordâncias das energias em jogo.

 

Em segundo lugar, munirmo-nos de paciência, sem perder a férrea determinação de alcançar nosso objetivo.

 

E, em terceiro lugar, pormos em prática um plano inverso ao adotado até agora, sem sucesso.

 

Não será insistindo, coagindo ou brigando que alcançaremos nosso propósito.

 

É sabido que, se quisermos mudar o mundo, precisaremos começar por nós mesmos. Invertamos o processo; mergulhemos primeiro em nós mesmos e modifiquemos, em seguida, nossos pontos obscuros que precisam ser eliminados

 

Porque, certamente, aquilo que censuramos em nossos irmãos mais próximos, são as mesmas deficiências que, se observadas detidamente, também trazemos em nós.

 

O auto conhecimento é a chave que desarticula a corrente escura de muitos males da alma. Após uma análise perfeita e clara de nós mesmos, estaremos aptos a visualizar mais precisamente o todo.

 

Poderemos então dar um último e decisivo passo, abraçando em espírito nossos irmãos difíceis, projetando de nossos corações, em sua intenção, muito amor, respeito, paz e equilíbrio que, a essa altura, já vos foi possível vivenciar.

 

Adotemos, diária e persistentemente, essa atitude, conscientes de que, quando o amor precede as ações, todas as dores, arestas e chagas serão naturalmente reparadas.

 

Mesmo que o processo demore e que a resistência de muitos possa machucar-nos o coração, compreendamos que, se abrirmos todos os dias as portas de nossos lares para Jesus, por meio da oração e da fé viva, o Meigo Mensageiro do Amor promoverá em breve um clima permanente e vivificante de leveza e harmonia em nosso lar.

 

Oremos com fé e peçamos a Cristo seu suporte nessa nova empreitada. E nossas ações, impulsionadas pelo amor legítimo, serão coroadas de êxito: nossos familiares serão mansamente atraídos pela conciliação e pela paz.

 

Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 77

Post a comment

Print your tickets