No palácio da justiça, o cristão colocar-se-á no lugar do réu, a fim de examinar os erros dos outros.
É muito fácil apontar os erros dos outros. As acusações se sucedem, a calúnia vige soberana, a maledicência grassa na Terra.
Onde está a justiça? A partir de que dados fazemos os nossos julgamentos? Que moral temos para dizer que alguém está errado?
É claro que para os crimes hediondos, a justiça humana procura afastar da sociedade aqueles que os cometem. Porém, os crimes chamados “menores”, velados, quem, em sã consciência, poderá se arvorar em juiz sem falhas?
Os tribunais sucedem-se em intermináveis querelas entre advogados de defesa e promotores e quase nunca os julgamentos ocorrem sem isenção, mas segundo uma ética imperfeita.
No entanto, bem diversa é a justiça divina, que apura com riqueza de detalhes as intenções das criaturas, colocando-as numa balança indefectível, para apurar, sem erro, as transgressões à lei do amor.
Pouco a pouco a humanidade se aproximará do modelo divino modificando e aperfeiçoando suas leis.
O réu é quase sempre um irmão que se enganou de caminho, levado pelas circunstâncias ou por um mau gênio. Corrigir-lhe os passos e as tendências é obra do cristão bem intencionado, que avalia também o seu modo de proceder.
Numa sociedade que se aperfeiçoa, cada um examina suas faltas e procura repará-las dentro da mais alta consideração de uns para com os outros.
Comecemos por nos analisar mais profundamente, colocando-nos no lugar do irmão que errou para ver se não agiríamos da mesma forma se estivéssemos em seu lugar.
Estendamos o perdão sempre que a oportunidade se fizer presente e deixemos para Deus aplicar Sua bondade sobre todos nós.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 74