“O grande erro das criaturas foi entronizar apenas a inteligência,

olvidando os valores legítimos do coração nos caminhos da vida.”

Longa e árdua é a jornada que o espírito empreende rumo à perfeição.

Por quantas moradas necessita a alma transmigrar para aprender vagarosa e profundamente as lições que cada uma tem para lhe dar.

Luta bravamente pela sobrevivência do corpo físico nas moradas mais primitivas, até que finalmente volta-se para a luz, acende-se-lhe uma certeza íntima de que sua verdadeira existência reside no espírito e não na matéria.

Ao adquirir esta certeza, parte para a conquista daquelas virtudes que poderão acompanhá-lo para onde quer que vá, sem limite de tempo ou de espaço: a inteligência e a bondade.

Utiliza-se de todos os recursos de que dispõe no plano material para desenvolver-se intelectualmente. As dificuldades ajudam-no a descobrir pouco a pouco, as leis que regem o plano físico e ele vai aprendendo a respeitá-las e dominá-las, colocando a matéria a seu serviço.

Não raras vezes, se esquece de que também a bondade deve ser conquistada e o trabalho para tanto é muito mais árduo.

Se logo descobrir que o caminho do amor fraterno abrir-lhe-á todas as portas, verá quão facilmente conseguirá deixar resplandecer o seu eu divino, sem transformar-se em barreira ao fluxo amoroso que parte do Criador.

No entanto, se o seu egoísmo torná-lo tão centralizado em si mesmo, impedindo-o de perceber que prejudica seus irmãos na realização dos próprios prazeres, terá que tornar, então, caminho mais penoso, mas que certamente também o conduzirá à conquista do Bem Maior.

O Cristo Salvador aguarda por nós na chegada à perfeição. Ele foi o ser mais perfeito que habitou este planeta.

No cântico sublime das vozes que nos falam através de mensagens que nos intuem os pensamentos, teremos a salvação, a redenção. O erro é aceito, compreendido, mas o Cântico Sublime do Cristo nos pede perfeição.

Colaboremos com o Mestre nesta tarefa harmonizante de nosso eu, sem culpas, nem remorsos. Ele nos perdoa sempre porque nos ama muito. E por este amor seremos melhores hoje do que fomos ontem.

Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso”

Livro “Palavras Libertadoras” – Setembro de 1996