FALSOS PROFETAS

“Não creia em salvadores que não demonstrem ações que confirmem a situação de si mesmos.”

 

 

Há dois mil anos, alertava-nos o Mestre a respei­to dos falsos profetas.

 

“Farão prodígios”, disse Ele, “farão maravilhas. Poderão até mesmo enganar os escolhidos”.

 

No entanto, com uma simplicidade imemoriável, o Cristo de Deus nos deixou uma lição belíssima de como poderíamos identificá-los.

 

“Pelos frutos que produzem”, disse Jesus.

 

Assim os eloquentes divulgadores da doutrina cris­tã, os oradores brilhantes, os que exaltam ao Senhor e a Jesus soa­rão como frio metal se, por trás de tantas palavras, não carregarem consigo o exemplo dignificante.

 

Se proferem a palavra salvadora, mas não a prati­cam, longe estão de salvarem-se a si mesmos. Como pretendem desta forma salvar aos irmãos?

 

Jesus nos confiou um luminoso caminho para ser trilhado, o que implica não só na aceitação e compreensão de sua mensagem mas, principalmente, na prática das verdades que anunciou.

 

Se Ele recomendou que amássemos o nosso irmão co­mo a nós mesmos, foi para que compreendêssemos o amor como lei su­blime, que deve pairar acima de qualquer outro sentimento. O amor ao próximo só será válido e lícito se praticado em intensidade tal qual o fazemos em relação a nossa própria pessoa.

 

Desta forma, não se pode pregar o combate à maledicência se a nossa língua ainda não está suficientemente educada para proferir apenas as lições de luz que possam enaltecer o compa­nheiro.

 

Não se pode condenar o infrator se nós mesmos tropeçamos em desajustes de toda a sorte no nosso dia-a-dia; não se pode exigir conduta reta se não consegui­mos levar a termo uma discussão sem humilhar o nosso interlocutor.

 

Somos vasos de barro que ainda contamina e muito a água que nos é confiada a transportar; enquanto não formos fieis executores das leis cristãs não poderemos nos considerar os arautos de Jesus.

 

Esforcemo-nos por fazer crescer a credibilidade dos outros a nosso respeito praticando, com toda a sinceridade de alma, os ensinamentos de Jesus e só assim, com o nosso exemplo, po­deremos refletir a beleza e a perfeição das leis que acatamos e vivenciamos, dando aos nossos irmãos o esteio de que necessitam para se encontrarem com Deus Pai.

 

Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso”

Livro “Palavras Libertadoras” – Setembro de 1996

 

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