“Abençoa as dores que te ferem o espírito e estraçalham o coração.
Essas amarguras atrozes obrigam-te a calar, para que a verdade te fale à consciência.”
Já indagastes a origem das dores que estão ferindo o âmago de teu ser?
Quantas vezes as amarguras nos abrem os sentidos íntimos para que a realidade nos fale a consciência!
Vezes sem conta ferimos muito mais a nós próprios no impensado ato de agredir ao nosso semelhante, sem buscar compreender as necessidades, defeitos e virtudes destes irmãos, colocados em nossa rota para que venhamos a burilar nossa paciência, a quebrar nosso orgulho e a nossa vaidade.
Certamente os momentos das verdades íntimas nos levam a dolorosas amarguras, obrigando-nos a calar para que encontremos harmonia em nossa consciência.
Porém, se buscarmos compreender as dores que sufocam o nosso coração através da paciência e do amor, veremos que o caminho da paz íntima está à nossa frente, convidando-nos ao reequilíbrio e à colheita de nossas sagradas verdades.
Sentimos em cada passo de nossa caminhada que, ao aceitarmos as dificuldades sem vacilações, cada vez mais fugimos de certas amarguras e, se estas estão presentes, já não nos ferem mais o espírito, mas, fortalecem nossa consciência na busca de novos rumos e atitudes.
Feliz será aquele que, sofrendo suas dores e amarguras, conseguir clamar aos céus forças para suportá-las, rogando em prece ao Pai Misericordioso, perdão às suas fraquezas íntimas.
A dor é o cadinho luminoso que nos conduz pelos caminhos do progresso à resignação às provas concedidas pela imensa bondade de Deus Criador e Pai amoroso aos filhos em reajustes.
Tenhamos a certeza de que, quando a dor nos falar à consciência, estaremos a caminho do Pai e agradeçamos a Jesus por seu infinito amparo e amor.
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso”
Livro “Palavras Libertadoras” – Setembro de 1996