Humilhar-se para que a mão do Senhor seja exaltada.

– André Luiz

Buscar as alegrias que o mundo terreno oferece a cada momento é o caminho mais capcioso que alguém pode escolher.

O homem não pode viver constantemente alegre neste mundo, porque a imperfeição das criaturas não lhe permite esse estado enganoso.

Então, onde buscar a verdadeira alegria, o bem estar íntimo, a paz do coração, a certeza do dever cumprido?

O homem somente alcançará esse estágio pelo trabalho por esforço próprio, quando souber dominar suas más tendências e renunciar com alegria ao sobejo em benefício dos outros.

Não se trata de anular-se completamente, mas de saber dividir com aquele que mais necessita. Não apenas dividir, mas procurar ensinar aos outros o melhor caminho e, sem interferir, acompanhar sua evolução nesta vida.

Auxiliar sem ostentação é demonstrar fé em Deus. A caridade deve ser praticada sem ostentação, para não ferir o amor próprio daquele que é auxiliado. Essa caridade manifesta-se por amor e respeito pela individualidade de cada um.

Para a prática desse amor repleto de altruísmo, torna-se necessário reconhecer em cada homem um irmão em Cristo, ignorando as mazelas que caracterizam todo ser humano.

Em caso de divergências, leves ou profundas, que prevaleça o perdão, como solicitou e explicou o Mestre Jesus, um perdão incondicional que leva o homem a esquecer completamente as maldades praticadas contra ele, voluntária ou involuntariamente.

Quando compreender tal necessidade, o homem já terá atingido o nível ideal de bondade, benevolência e indulgência para com seu semelhante, alicerçado no estudo e na confiança que Jesus preconizou inúmeras vezes.

Esse homem exemplificará então o amor sem exigências e saberá sofrer calado, creditando seu aperfeiçoamento ao Divino Amigo, superando os obstáculos e conservando a alegria e a mansuetude em seu coração.

Será considerado louco por alguns, um santo por outros. Na realidade é uma simples criatura que aprendeu a se desligar das coisas mundanas, a perdoar sem restrições, a servir sem esperar recompensa, a confiar nos desígnios Divinos, a humilhar-se para que a mão do Senhor seja exaltada, consciente de que perseverando até o final, estará entre aqueles a quem o Senhor dirá: “Benditos sois vós. Passai à minha direita e vinde receber o que vos foi reservado, porque fostes um servo fiel e obediente”.

Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 73