ESQUECER O MAL  

 

“Esquecer o mal é aniquilá-lo, e perdoar aquém o pratica é ensinar amor,

conquistando afeições sinceras e preciosas.”

 

Quão difícil e dar o primeiro passo quando somos atingidos por um ato maldoso.

Contudo, recordemos as bem-aventuranças ditadas por Jesus, muito especialmente quando

Ele se referiu aos pobres de espírito.

Jesus queria buscar aqueles simples e meigos de coração. Aqueles que a tudo ouvem e, por sua   índole,  com nada se alteram.

Dirão alguns que é falta de amor próprio. Diremos nós que é humildade de espírito,  é a ausência do mal em seus corações.

Como imitá-los quando nossa índole é revidar ao ataque sofrido?

Como entender a ofensa recebida, quando o orgu­lho ainda domina todo nosso ser?

Como ser benevolentes,  quando somos ainda tão intransigentes?

Como exigir sinceridade, quando somos ainda tão mentirosos e fugazes?

Como querer simplicidade,  quando somos tão vaidosos?

Como conquistar afeições sinceras e ser amados, quando somos ainda tão egoístas?

Mas, podemos nos colocar em marcha para sair do emaranhado que por vezes nos encontramos,  tão denso e sombrio, e ir ao encontro da luz que espanta as trevas,  que alegra nosso cora­ção,  que aquece nosso ser e faz-nos sentir renovados.

E o caminho principal que iremos percorrer é o do esquecimento.  Sim. Diga para você mesmo:

“Devo esquecer tudo aquilo que me fez sofrer, porque o sofrimento é passageiro.

Entrego todas as minhas dificuldades nas mãos de Deus Pai. Pai, de infinito amor e bondade desça sobre mim o manto do esquecimento, sobre as injúrias porque estou passando. Que este momento seja eficaz para meu burilamento”.

Percorrido este trecho do caminho, mais adiante abrir-se-á a luminosa estrada do perdão e nela entraremos com as palavras de ensinamento do Mestre Amado,  lembrando que Ele nos exortou que nos reconciliássemos com nossos inimigos enquanto estivés­semos percorrendo a jornada terrestre e ainda quando explicou que perdoássemos setenta vezes sete, ou seja, infinitamente.

E por que Ele nos alertou assim?

Porque sabia que o triunfo sobre nós mesmos, ou melhor,  sobre as nossas más tendências, nos traria paz de espírito, momentos de felicidade inexplicável, um bem-estar incrível, e um passo à frente na nossa subida evolutiva, uma alegria indescritível, porque o amor estaria desabrochando em nós, propiciando-nos a oportunidade de ensinar este  sentimento maior, através do perdão, an­gariando, não sem esforço íntimo, todas aquelas qualidades necessárias para partilhar com Justiça das afeições mais delicadas, sinceras e preciosas, imprescindíveis à nossa caminhada infinita neste Universo.

 

Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 4

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