O homem não tem o direito de pôr entraves à liberdade de consciência.
– Lei de Liberdade
Quando um homem e uma mulher decidem conscientemente gerar uma criança, sabem de sua responsabilidade perante eles próprios, como pais, perante o Criador, perante a criança e perante a comunidade.
Sabem que terão de dar a essa criança condições para que tenha um bom desenvolvimento físico, intelectual e moral. Para consegui-lo, deverão proporcionar-lhe uma boa assistência médica, uma boa educação e alimentação, um lazer que lhe ofereça descanso e bem-estar; através do exemplo de seus pais, essa criança aprenderá o que é o bem e o que é o mal, o que é certo e o que é errado. Aprenderá a amar seu semelhante, a ser justa e fraterna. Seus pais são responsáveis pela formação de seu caráter e personalidade, pela correção de suas más tendências, logo identificadas.
Com o passar do tempo, a criança se tornará um adulto e será ela quem vai gerir sua própria vida, optando pelo caminho que deseja seguir, pelos valores que pretende priorizar, baseada, é claro, no que aprendeu no seio da família.
Não podemos deixar de dizer que, se de um lado nossa consciência é o alarme que nos adverte quando fazemos algo de errado, quando agimos de forma diferente daquilo que o Criador espera de nós em termos de atitudes, por outro lado ninguém pode intervir em nossa consciência, em nossa maneira de encarar a vida, nem impedir alguém de ter sua própria consciência, seus valores e projetos de vida. Cada um tem de aprender a viver sua própria vida e a deixar os outros viverem a deles.
Os valores, as atitudes e os pensamentos dos outros só a eles pertencem, sendo de sua inteira responsabilidade. Quem somos nós para impedir alguém de pensar, ou para forçá-lo a ver a vida como nós a vemos?
Se não queremos que nos imponham uma maneira de pensar, por que impor aos outros nossos pensamentos?
Lembremo-nos de que ninguém ficará imune aos seus próprios atos. Tudo o que semearmos (palavras, gestos, ações, sentimentos) tem retorno, volta para nós trazendo alegria ou dor. Então, porque mandar no outro, na maneira de viver do outro? Se ele nos pedir um conselho, podemos lhe mostrar nosso modo de ver a situação, mas nunca impor nosso modo de sentir a vida.
Pense bem, irmão, você é responsável por seus atos, por sua vida. A vida do outro é dele. Assegure-se de que você está apenas sugerindo quando lhe for dado o direito de opinar.
Guarde bem isto: orar é sempre de grande ajuda, para nós e para o outro, pois a verdade só a Deus pertence e, nessa questão, somos apenas aprendizes.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia Paulo de Tarso – Pasta 63