“É necessário guardar a fé, contudo, se não a testemunhamos, nos trabalhos de cada dia, permaneceremos na velha superfície do palavrório.”
Ter fé é acreditar em Deus como Pai Misericordioso que a tudo preside; acreditar em Deus é acreditar que em cada criatura há a centelha divina, um pedacinho de Deus no íntimo de cada um.
Fé é conquista do espírito. Entretanto, muitos são os que julgam possuir a fé, mas se desesperam diante do menor problema. Há os que solicitam a ajuda do Alto, todavia, quando essa ajuda retarda ou não surge como desejavam, duvidam de tudo; há os que querem ver para crer, imitando, assim, o apóstolo Tomé ao qual necessário foi tocar as feridas do Mestre Jesus para acreditar na Vida Eterna.
Entre os que dizem ter fé, surgem os que se revoltam quando um ente querido retorna à Pátria Espiritual ao cumprir seu tempo de vida terrena. Inconsolados, clamam por justiça como se pudessem mobilizar a ordem da Vida.
Despontam, ainda, os que têm fé nos momentos difíceis, quando esgotados todos os recursos materiais, chamam por Deus no desespero.
Ocorre, contudo, confundirem desesperação com exigência e, ao exigir de Deus o pronto atendimento às suas rogativas, ficam surdos à voz da própria consciência pela qual o Criador lhes fala.
Na ânsia de serem atendidos, esquecem-se de que as graças são concedidas minuto a minuto na vida de toda criatura que, voltada para si mesma, não usufrui as benesses dos céus.
Há aqueles que têm fé inabalável, acredita na Vontade do Pai como força atuante na vida de cada um de Seus filhos. Testemunham essa fé pelo trabalho, pela resignação; esforçam-se no cumprimento dos deveres como cidadãos úteis à sociedade a que pertencem e como cidadãos espirituais.
Não se limitam à superfície do palavrório, mas se aprofundam na fé viva, atuante, melhorando o ambiente que os acolhe na força do amparo, do consolo e do amor.
São estes que, mesmo sem perceberem, dizem a Jesus: “Senhor, eu não sou digno que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e toda a minha vida será renovada”.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia Paulo de Tarso – Pasta 5