“A luta em família é problema fundamental da redenção do homem na Terra.
Como seremos benfeitores de cem ou mil pessoas, se ainda não aprendemos a servir cinco ou dez criaturas?”
Em todos os departamentos da família humana somos defrontados pelas ocorrências da aversão inata.
Pais e filhos, irmãos e parentes outros, não raro se repelem desde os primeiros contatos.
Nascemos todos juntos para resgatar débitos anteriores entre rivais e inimigos.
Deus, em sua infinita bondade, permite esta reunião para o ajuste perante o perdão e o desenvolvimento do amor fraternal. O convívio diário, as lutas e o sofrimento unem os seres e os adapta à fraternidade universal, meta da evolução espiritual.
As dificuldades são muitas em uma família; a readaptação com nossos adversários é lenta e dolorosa, estendendo-se, ás vezes, até mais de uma encarnação.
Dificuldade gera transformação e toda transformação favorece a aquisição de experiência se for construtivamente utilizada. Só com muito amor conseguiremos quebrar os grilhões da sombra, rompendo as algemas de nossos compromissos e débitos antigos.
Nossa luta deve ser diária, orando e pedindo ao divino Mestre Jesus auxílio para aqueles parentes difíceis.
De modo algum devemos tentar transformá-los como gostaríamos que fossem, pois toda criatura humana veio ao mundo com programa de atividades e experiência evolutiva que desconhecemos.
Devemos compreender e ajudar sem violentar-lhes a capacidade de entendimento, jamais impondo o nosso ponto de vista como o mais acertado ou o melhor.
O socorro da caridade é amor incondicional, que a tudo perdoa, entende e não se perturba com os desajustes alheios, nem tenta destruir milênios de trevas de um momento para outro.
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso”
Livro “Palavras Libertadoras” – Setembro de 1996