Se em cada ano extirpássemos em nós um só defeito, em breve seríamos perfeitos.
Se a cada ano que passa o homem fizesse uma análise profunda dos defeitos que lhe determinam o comportamento diante da vida, logicamente concluiria que sua conduta, em grande parte, é desviada dos caminhos edificantes que o levam ao Pai.
Por ser orgulhoso, prefere a análise superficial de seus atos, arranjando sempre uma desculpa para si mesmo, justificando esta ou aquela atitude como sendo momentos de fraqueza que não repercutirão em sua vida moral e espiritual. Somente a dor favorecer-lhe-á a aquisição dos valores eternos.
Quantas oportunidades são perdidas de ano para ano. A idade madura chega célere; a velhice marcará seu rosto com as angústias de nada ter construído de mais elevado, ou mostrará a serenidade de quem viveu transformando o dia-a-dia num altar de paz, consoante a vontade de Deus.
Se você, irmão, trabalha intimamente procurando corrigir seus defeitos, estará praticando o ensinamento de Jesus: “Conheça a Verdade e a Verdade o libertará”.
Somos todos detentores de defeitos que precisam ser extirpados para que o amanhã se nos apresente claro e esperançoso.
Cultive o hábito da oração, pois ela abrir-lhe-á as portas do seu “eu” tão resistentes às transformações necessárias ao reajuste. Verá que o amigo que você não perdoou há anos permanece em sua mente como a lembrar-lhe o passado infeliz.
Observe se num grupo de amigos você toma parte na maledicência, se a vaidade e o egoísmo não o estão distanciando das verdadeiras leis da vida.
Se possuímos sentimentos defensivos que cultivamos ao longo das existências como espíritos eternos, tais como o orgulho, a vaidade, o egoísmo, eles devem ser trabalhados à luz do Evangelho, para que os ensinamentos do Cristo não sejam em vão.
Não deixe, irmão, o orgulho cegar-lhe a visão, a vaidade levá-lo à ruína, o egoísmo paralisar-lhe as mais nobres energias que o levam ao bem.
O tempo passa, a vida terrena pode ser muito curta, aproveite a oportunidade para conhecer-se melhor e humildemente cultive diante do Pai o hábito de extirpar os seus defeitos dia após dia, ano após ano. Esta é, pois, uma tarefa de todos nós diante das leis universais das quais nos desviamos. Somente assim poderemos ser um dia, perfeitos como o Pai é perfeito.
Se acelerarmos este trabalho em busca da perfeição, em breve viveremos num mundo onde não haverá choro nem ranger de dentes, mas alegria, harmonia e luz.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 12