DIFÍCIL TRANSFERÊNCIA  

 

“Ninguém pode, em sã consciência, transferir, de modo integral,

a vibração da fé ao espírito alheio, porque, realmente, isso é tarefa que compete a cada um.”

 

 

Árdua tem sido a caminhada do homem na conquista da fé.

 

Tantas são as oportunidades e as evidências que Deus coloca à frente das Suas cegas criaturas, sem que elas se deem ao mínimo trabalho de, ao menos, tentar vislumbrar um pouco de luz.

 

Ora creem, ora descreem; ora clamam por Deus, ora blasfemam.

 

Difícil condição humana em que se encontram os amados irmãos!

 

Uma pequena retrospectiva traria para eles tantos indícios da misericórdia com que Deus preside ao destino de Suas cria­turas, uma vez que Seu amoroso coração está presente em todos os momentos, em quaisquer circunstâncias, oferecendo plena sustentação para a jornada de Seus filhos.

 

Mas o homem praticamente se nega a crer.

 

Aqueles que já conquistaram a virtude da fé, por mínima parcela que seja – do tamanho de um grão de mostarda, como preconizou o Mestre Jesus – destacam-se da multidão amorfa.

 

A fé em Deus resguarda os corações de toda angus­tia e de todo o desalento.

 

Para aquele que confia em Deus, o amanhã sempre sorrirá, sempre haverá uma luz a iluminar o seu caminho e ele tem certeza de que tempos melhores estão por vir.

 

O homem de fé não sofre por antecipação e compre­ende de modo mais profundo o significado da dor.

 

O homem de fé não teme o futuro. Ciente de suas fraquezas, não vive a se lamentar, nem faz de sua pequenez motivo para a inércia espiritual.

 

Antes de tudo, ele confia em si mesmo, em suas po­tencialidades divinas que o farão perfeito um dia; confia que Deus proverá todas as oportunidades para que ele consiga atingir o grau máximo de sua evolução.

 

Cada qual deve lutar para conquistar a fé, a própria fé, pois que só através dela será possível ganhar novas forças para empreender confiante a jornada que, sem dúvida alguma, só termi­nará quando todos tiverem atingido a glória de ver a face de Deus e cumprir-Lhe os santos desígnios.

 

 

Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso”

Livro “Palavras Libertadoras” – Setembro de 1996

 

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