“Desconfiai de comunicações que se caracterizam pelo misticismo e

pela extravagância ou que prescrevem cerimónias e práticas estranhas.”

(E.S.E.- Cap. XXI)

Os falsos profetas não existem apenas entre os encarnados; são até mais comuns entre os desencarnados.

Aliás, o desencarne não acrescenta nem retira as qualidades morais de ninguém. Assim, os atributos dos indivíduos, no plano espiritual, continuam sendo os mesmos de quando em vida no plano material. Destarte, não é muito difícil imaginar a quantidade de falsos profetas que pululam no plano espiritual.

Pelo fato de não poderem ver os Espíritos, os encarnados são facilmente enganados pelos falsos profetas do plano espiritual. Mais do que isso, como os espíritos embusteiros costumam apresentar-se sob figuras de notória expressão, pessoas famosas quando em vida, os encarnados são ludibriados com mais facilidade ainda.

Portanto, devemos tomar os devidos cuidados com as mensagens e os conselhos que vêm do além. Devemos submetê-los ao crivo da razão e do bom senso.

Não é porque a comunicação vem, aparentemente, de uma figura ilustre do passado que devemos acreditar nela cegamente. Espiritismo, antes de tudo, se constitui de muita lógica e racionalidade. Qualquer coisa que saia da coerência de raciocínios e de ideias precisa ser melhor investigada, antes de ser aceita como correta.

Quando um Espírito se apresenta com poderes especiais, com muito exclusivismo, está na hora de desconfiar. A bondade de Deus não pode ser exclusividade de ninguém, seja encarnado ou desencarnado, e tampouco pode ser só de um determinado lugar. Pelo contrário, ela se manifesta em todo lugar e em todas as pessoas.

É necessário, pois, desconfiar de comunicações que se caracterizam por apresentar resultados extravagantes, através de práticas estranhas. Em realidade, todos nós temos os mesmos poderes e foi Jesus quem disse que poderíamos fazer tanto quanto Ele. A diferença está na fé que cada um de nós deposita em Deus.

Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia Paulo de Tarso – Pasta 51