“Deixai os mortos enterrar os seus mortos.”
(E.S.E. – Cap. XXIII)
O que é a morte que tanto temeis ? Uma passagem para a verdade.
Morte, no sentido verdadeiro, a todo instante podeis encontrar, na falta de atitude de um irmão que se acomodou, na ausência de movimento que a tristeza provoca, na escuridão que a revolta instala, no egoísmo que prega o individualismo.
Morte em plena vida, passando diante de vossos olhos, a todo instante, como a provocar vossa essência vital a sair de sua confortável posição e iniciar a transformação.
– Mas como? perguntais.
Àqueles que estão mortos deixai a tarefa de enterrar seus mortos. Vós que viveis, na plenitude da palavra, semeai a vida, vibrante, iluminada, milagrosa.
Deixai que a mágoa, o ressentimento, a revolta, a tristeza, o engano, sejam todos enterrados com o corpo daquele que deixou esta vida terrena. Lembrai dele com alegria, enfatizando todas as suas qualidades positivas.
Deixai que a vossa mágoa, o vosso ressentimento, a vossa revolta’, a vossa tristeza, o vosso engano, sejam todos levados desde já pela chuva abençoada do perdão, para que vós possais viver plenamente e desde já a vida dos vivos.
Acordai para a beleza da vida que brota aqui e ali, na natureza, incessantemente.
Notai e regozijai-vos com cada espetáculo descortinado diante de vossos olhos.
A pequena flor, depois de embelezar o jardim, começa a murchar e secar, até desaparecer. Seu momento mais feio pode ser encarado como o mais belo, pois quando ela chega ao cume de sua destruição, dá lugar a um novo ser, uma nova flor em botão.
A morte, portanto, como a temeis, não existe. Vivei a luz que sois e iluminareis o mundo.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia Paulo de Tarso – Pasta 52