“A árvore da fé viva não cresce no coração, miraculosamente.”

Toda vez que o homem sai a cultivar, toma ele uma série de precauções, a fim de que o produto do seu trabalho seja abundante.

Rasga o solo com o recurso do arado, enriquece o mesmo com o adubo, irriga suas partículas e, finalmente, lança as sementes, escolhidas entre aquelas cuja qualidade tenha comprovado.

Ano após ano acompanha o desenvolver daquele vegetal que lhe fornecerá perfume, sombra, frutos e madeira.

Com paciência, o homem verifica o crescer de uma estrutura sólida, firme.

Assim também deverá ser com a fé. Devemos cultivá-la passo a passo, com firmeza e determinação. Não pretendamos obtê-la de uma hora para outra, uma vez que se nos apresentaria sem consistência, frágil, passível de desmoronar a qualquer momento.

Cada dia se manifesta como milagre divino; cada oportunidade apresentada à criatura humana deve ser concebida como água de generosa fonte a dessedentar-lhe o espírito, purificando-o das imperfeições há milênios cultivadas.

Acredite, pois, querido irmão, no seu milagre cotidiano. Aproveite esta jornada para aguçar a sua sensibilidade e perceber o quanto Deus Pai tem sido misericordioso com você.

O ar que respira, a roupa que veste, a comida que o sustenta, o carinho que recebe no lar, os problemas cuja solução você tem facilidade em encontrar, todos estes milagres lhe são oferecidos para que a sua fé se consolide.

Cultive-a vagarosa, mas firmemente. Abra os olhos e tente enxergar quanta bondade Deus reservou para você, Seu filho.

Inspire-se em Jesus para agir. O exemplo que Ele deixou não dará margem a qualquer dúvida quanto ao caminho que você deverá trilhar.

Fortaleça a sua fé, conquiste-a minuto a minuto.

É fruto de perseverança, desprendimento e humildade em luta contínua, mas definitiva, que o tornará tão forte e robusto espiritualmente como a árvore cujo crescimento você acompanhou.

Seu coração encher-se-á de frutos de luz que você poderá distribuir aos irmãos que ainda titubeiam em questões de fé.

Alimentados com a sua convicção, também partirão em busca do próprio aperfeiçoamento, abençoando a hora em que puderam abrigar-se à sombra generosa do seu coração pleno de fé.

Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso”

Livro “Palavras Libertadoras” – Setembro de 1996