CULPADO OU INOCENTE?  

 

O homem não é culpável pelos assassínios que comete na guerra,

quando constrangido pela força.

– Lei da Destruição

 

A Humanidade terrestre ainda carrega as marcas da violência pelas quais tem adentrado, de forma despercebida, num caminho difícil, às vezes sem retorno.

 

Compomos um quadro de inferioridade moral muito grande, se considerarmos que o germe da guerra e do ódio entre indivíduos, nações ou povos, por motivos os mais variados, contamina os corações de emoções fortes e violentas.

 

Retaliações e brutalidade dividem mais e mais a humanidade a cada dia. Falta aos seres humanos a conscientização que lhes permita nortear seus sentimentos ao encalço da unidade e da fraternidade universal.

 

Em se tratando dos assassínios cometidos nos campos de batalha é difícil emitir juízo de valor a respeito das criaturas, que movidas pelo dever ao país ou aos ordenadores dos atos de guerra, são constrangidas, pela força, a obedecer, mesmo que essa obediência represente para elas a execução de atos que suas próprias consciências reprovam.

 

Como em tudo que represente responsabilidade individual ou coletiva, os atenuantes ou agravantes deverão ser considerados.

 

Nas guerras, onde os seres humanos envolvidos representam, numa frente de batalha, peças fundamentais ao êxito ou ao fracasso das ações, perde-se, de certa forma, a responsabilidade individual.

 

No entanto, avaliando-se no sentido coletivo, podemos reparar que situações desse tipo, que no passado promoveram grande derramamento de sangue e profundo sofrimento, têm contribuído para que fardos cármicos viessem a originar retaliações e ódios seculares, envolvendo até individualmente as criaturas, arrastando-as para processos de profunda culpa, autopunição e ligação com as correntes espirituais inferiores, quando não conseguiram trabalhar os seus instintos mais primitivos, não raro  despertados, quando a auto preservação entra em jogo.

 

Sem dúvida, esperemos que num futuro não muito distante, a humanidade terrestre abomine todo ato de violência de uns para com os outros e o germe da guerra, que tanta dor tem causado e continua causando, será, por fim, extinto do seio da Humanidade.

 

Por enquanto, lutemos para extinguir o imperceptível fermento da discórdia, que tem feito de nós, soldados de uma causa ignóbil, cujas qualidades do amor e do perdão incondicional parecem ainda muito longe das cogitações de muitos.

 

Sejamos individualmente aquele pequeno grão de mostarda, feito de luz, fé e amor, a quebrar o círculo vicioso da guerra e do ódio, no trato com os nossos semelhantes.

 

 

Instituição Beneficente “A Luz Divina”

Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 62

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