“Nosso corpo espiritual, em qualquer parte, refletirá a luz ou a treva,
o céu ou o inferno que trazemos em nós mesmos.”
A criatura, quando encarnada, constitui-se de corpo físico, espírito e perispírito ou corpo espiritual. O corpo físico é morada e veículo de aprimoramento do espírito e o perispírito é o elo entre o corpo físico e o espírito.
Ao desencarnar, o homem perde o corpo físico, entretanto, seu perispírito e espírito continuam ativos. Pela vontade, ou seja, força do pensamento, o espírito molda seu perispírito, tomando a aparência de sua última encarnação ou daquela que mais lhe aprouver.
No perispírito estão registradas as marcas da renovação e das misérias individuais. O perispírito ou corpo espiritual funciona como mata-borrão. Ele reflete a luz ou a treva que o homem constrói para si mesmo.
O perispírito é uma cópia do corpo físico. Para cada órgão há um correspondente perispiritual, além dos centros de força de que é dotado. Assim, o coração do corpo físico está para o centro de força cardíaco, bem como o cérebro físico está para o centro de força coronário no alto da cabeça.
Os pensamentos negativos, os sentimentos de ódio, vingança, os vícios cultivados são absorvidos pelo perispírito, marcando-o com pontos escuros.
A criatura, em qualquer parte, refletirá a luz ou a treva, a paz ou a tormenta que traz em si, dependendo, para isso do que lança em seu corpo espiritual.
O cultivo dos bons pensamentos, a conduta reta, o amor ao próximo, são condições que elevam a criatura, tornam o perispírito mais leve, menos denso. A leveza ou a densidade do corpo espiritual depende do modo pelo qual a criatura conduz sua vida.
Pelas incontáveis existências que o Pai concede a todos é que o espírito vai gradativamente limpando o corpo espiritual das mazelas, depurando-o pouco a pouco de acordo com a lei da justiça divina. É o progresso moral que determina a depuração do corpo espiritual e esse progresso reside em amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. A partir dessa máxima, o homem conduz sua vida no caminho da luz, refletindo em qualquer parte a presença de Deus no coração.
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso”
Livro “Palavras Libertadoras” – Setembro de 1996