COMO FALAS?  

 

“Dirigirmo-nos aos outros com a prudência amorosa e com a tolerância educativa,

como convém à sã doutrina do Mestre, é tarefa complexa e enobrecedora,

que requisita a ciência do bem no coração e o entendimento evangélico no raciocínio.”

 

 

Não nos será difícil imaginar Jesus falando a tantos quantos Dele se aproximavam em tom de voz amorosíssimo.

 

A suavidade com que Jesus se dirigia aos seus ouvintes, impregnando suas explanações de inefável doçura, trans­formava-se em irresistível convite à palestra educativa.

 

Era impossível não se render ao envolvimento que acompanhava as palavras de Jesus.

 

E nós, como nos dirigimos uns aos outros?

 

De modo agressivo, num ímpeto de ter satisfeitos os nossos desejos, sem dar margem para contestações de quem quer que seja.

 

Se superiores, exigimos; se subalternos, nos queixamos. E assim, vamos formando em torno de nós uma aura insuportável, carregada de emanações inferiores.

 

Que ganharemos com isso?

 

Apenas solidão, uma vez que a convivência conosco tornar-se-á insustentável. A força de repulsão gerada ao nosso redor ganhará intensidade suficiente para afastar de nós as demais criaturas.

 

Não, não vale a pena.

 

Quando os preceitos evangélicos estiverem finalmente sedimentados em nossa mente e em nosso coração morar apenas a ciência do bem, nossa voz refletirá esse novo estado de espírito.

 

Para o amor não há repulsão, mas apenas atração.

 

É preciso que estudemos o Evangelho de Jesus, é preciso que o vivenciemos, é preciso que o entronizemos em nosso coração, fazendo-o vibrante e presente em nossos pensamentos, palavras e atos.

 

Falaremos a verdade e com ela conviveremos, com lucidez de raciocínio e bondade de sentimentos.

 

 

Nossas palavras reerguerão, compreenderão, incentivarão. Nossos lábios irão mover-se em preces por aqueles que nos julgarem fracos ou que fizerem de nós simples objetos de seus ca­prichos. Teremos alcançado, assim, compreensão maior com Jesus e poderemos, então, com maior fidelidade, usar as Suas doces palavras para expor a Sua Doutrina de amor, paz e luz.

 

 

Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso”

Livro “Palavras Libertadoras” – Setembro de 1996

 

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